O futebol cearense é rico em craques que deixaram na história a marca de seus talentos. Mas o esporte em geral ainda é carente de obras que passem para as futuras gerações as notáveis proezas dos grandes ídolos. Sábado passado, assisti ao documentário “Amilton Melo - Ídolo de Todos”, baseado no livro autobiográfico, “Amilton Melo: o Craque e o Futebol Cearense”. Emocionante. Um Amilton redivivo pela sensibilidade de Ciro Câmara e de sua equipe. Felizes os que viram Amilton Melo no esplendor de suas atuações. Eu vi. Felizes os que tiveram a oportunidade de narrar instantes de glória que ele viveu nos campos de futebol. Eu narrei. Vi o nascimento de Amilton para o futebol. Vi também o seu ocaso. De perto, acompanhei suas conquistas pelo Ferroviário, Fortaleza e Ceará. De longe, acompanhei suas tragédias e dificuldades. Custava-me acreditar e aceitar os contrastes da existência humana. Mas esse filme, em boa hora lançado, resgata o Amilton. E o coloca no lugar de destaque que ele merece. É o Amilton para os aplausos das gerações do passado, do presente e do futuro. O craque que volta na verdadeira dimensão de grandeza e põe seu nome na galeria dos imortais.
Sensibilidade
Ciro Câmara, apesar de muito jovem, sempre teve vocação para grandes realizações. Passei a ter mais contato com ele a partir da época do saudoso Cristiano Santos na coordenação do Memofut. Ciro é pesquisador. Gosta da história do futebol e de seus ídolos. Tem praticamente pronta a biografia de Gildo, o maior ídolo do Ceará.
Biografias
Dá para contar nos dedos os livros biográficos sobre jogadores que brilharam no futebol cearense. Há o já citado, “Amilton Melo: o Craque e o futebol cearense”. O desportista Saraiva Júnior escreveu o livro “Mozart: Uma Trajetória Inquieta no Futebol”. José Renato Sátiro Santiago Jr publicou o “Almanaque Fernando Sátiro - A Epopeia de um Craque Alencarino”. Muito bons.
Pintado
Em 2014, Adhemar Nunes Freire Filho escreveu o livro, “Pintado - Escalada de um Campeão”, no qual conta a história de seu pai, que foi notável goleiro do Ceará Sporting Club e do Botafogo do Rio de Janeiro. Pintado era o apelido de Adhemar Nunes Freire, o pai. Um resgate importante, principalmente para a torcida do Ceará.
Outros livros
David Barboza e José Renato Sátiro Santiago Jr publicaram o “Almanaque do Fortaleza”. Evandro Ferreira Gomes publicou o "Almanaque do Ferrão - 1933 – 2013". Airton de Farias e Vagner de Farias publicaram “Fortaleza - História, Tradição e Glória”. Airton de Farias publicou “Ceará - Uma história de Paixão e Glória”. José Renato Sátiro Santiago Jr publicou o “Almanaque Clássico-Rei”.
Outras publicações
Frederico Maia escreveu “A Verdadeira História do Futebol Cearense – 1903 a 1955”. Alberto Damasceno escreveu “Futebol Cearense – A História”. Nirez de Azevedo escreveu “História do Campeonato Cearense de Futebol”. David Barboza, Eugênio Fonseca, Júlio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Jr escreveram “História do Campeonato Cearense 1915 – 1985”.
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