Há vitórias que encantam muito mais pela forma como acontecem. Ontem, na Arena Pernambuco, o Fortaleza fez um primeiro tempo fantástico. Mais que perfeito. Um show de bola tão grandioso que deixou o Sport atônito, pasmado, aparvalhado. Há jogos assim em que tudo dá certo para um lado só. Moisés, iluminado, foi o grande líder. Abriu o caminho aos oito minutos (0 x 1). Aí estava apenas o início de uma atuação soberba, impecável. Dele o segundo gol. E, quando o Leão da Ilha tentou uma reação, esbarrou nas defesas de João Ricardo, goleiro igualmente em noite inspirada. Hércules fez o terceiro.
Moisés, com o selo dos heróis, marcou o quarto gol. Uma voz parecia gritar: Moisés, Moisés, Moisés! E ele parecia responder: aqui estou, aqui estou, aqui estou. Noite deslumbrante, de tamanha felicidade. Os próprios jogadores do Sport certamente entenderam que havia algo transcendental a favor do Fortaleza. Em campo, uma sublime resposta tricolor ao covarde atentado sofrido em fevereiro, lá mesmo em Recife.
Restou viva a lição superior dada pelo Fortaleza. A vitória vem pelo talento, pela competência, pela compostura. Ontem os pernambucanos viram uma autêntica exibição de futebol. Uma espécie de magia que hipnotizou o Sport e levou o Fortaleza a mais uma decisão da Copa do Nordeste. Repito a frase que sempre digo nos grandes triunfos do Leão: o Fortaleza é além da imaginação.
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