Benefícios do feijão: especialista lista vantagens de consumo diário do alimento 

Nutricionista reforça que feijão é pouco calórico e aumenta a sensação de saciedade

Legenda: Dentre os diversos tipos que feijão, a nutricionista recomenda o consumo do feijão branco, pois é 'mais saudável e leve'
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Alimento tradicional na culinária brasileira, o feijão tem diversas propriedades que podem ajudar na saúde e também ser aliado em dietas que visam a perda de peso, pois é pouco calórico e aumenta a sensação de saciedade. Segundo Alessandra Toffano, nutricionista especialista em emagrecimento feminino e saúde da mulher, uma porção de 60 gramas de feijão tem apenas 205 calorias. 

A profissional indica que por ser rico em fibras, o feijão é pouco calórico. Devido as suas características, ele também aumenta a sensação de saciedade, sendo recomendado para quem está em processo de emagrecimento. O alimento é rico em diversas vitaminas e minerais, além de se ser excelente fonte de proteína, ferro, cálcio, carboidratos e fibras. 

“Ele é fonte de vitaminas B1, B2, B3 e B9 que colaboram para o bom funcionamento do sistema nervoso e da medula óssea; em proteínas e minerais (potássio, ferro, fósforo, cálcio, cobre, zinco e magnésio) e lisina, aminoácido que contribui para o crescimento de crianças e adolescentes, essencial, mas que o corpo não produz”, explica.

A ingestão diária de feijão é recomendada, conforme a especialista, até pelo guia alimentar do Ministério da Saúde. O documento indica o consumo dele e do arroz, pois esses alimentos ajudam a prevenir doenças, como problemas cardiovasculares, diabetes, câncer de cólon e o mau funcionamento do intestino.  

Alessandra alerta, no entanto, para a importância de diversificar o consumo desses alimentos, que são ricos em fitoquimicos, antioxidantes, vitaminas e minerais. “Além de feijão, outras leguminosas como lentilha, grão-de-bico e ervilha, todos têm alto valor nutricional e podem substituir o feijão. O essencial é ingerir alimentos diversificados”, diz. 

Dentre os diversos tipos que feijão, a nutricionista recomenda o consumo do feijão branco, pois é “mais saudável e leve”. “Ele é rico em ferro, fósforo, potássio, zinco e proteínas sem gordura, abundando no controle da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares”, complementa. 

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Feijão impulsiona produção de gases? 

Muito se fala sobre o consumo de feijão e o aumento na produção de gases intestinais. Essa relação, conforme Alessandra, é verdadeira, pois o alimento possui fibras não digestíveis que, quando vão para o intestino, são fermentadas podendo gerar gases. 

“Isso acontece devido um tipo de carboidrato chamado oligossacarídeo, presente em abundância nesses vegetais. O intestino delgado não tem as enzimas necessárias para digeri-lo completamente, então, ao chegar ao intestino grosso, o oligossacarídeo é fermentado por bactérias presentes na flora, levando à formação de gases como dióxido de carbono (CO2), hidrogênio (H2) e metano (CH4)”, detalha. 

A especialista acrescenta ainda que as leguminosas possuem uma substância chamada fitato, que é um inibidor enzimático que dificulta o processo digestivo. “Por estes motivos, algumas pessoas mais sensíveis podem se queixar de inchaço e flatulência associados ao consumo de feijão”. 

Além de poder provocar gases, o fitato presente no feijão pode reduzir a absorção de minerais como ferro e cálcio. A presença de açúcares, os oligossacarídeos, nos grãos também podem causar problemas digestivos.  

Uma forma de tentar diminuir a presença dessas substâncias, como os fitatos, é deixar o feijão de molho antes de cozinhá-los. “Mantenha em um período de 48h e 72h, trocando a água a cada 4h. Esse passo ainda diminui o tempo de cozimento”.  

Caldo de feijão é calórico? 

O caldo do feijão é outra opção de consumo. Segundo Alessandra, ele não é muito calórico e é rico em ferro, zinco e fibras que ajudam no trânsito intestinal. “O caldo só vira vilão quando as pessoas abusam dos complementos, como torresmos, linguiça, charque e azeitona, que são ricos em sódio”, finaliza.