Gordon Cormier é, agora, o rosto do live-action da série 'Avatar: O Último Mestre do Ar', lançada pela Netflix no último mês com a responsabilidade de reviver o sucesso do desenho de 2005, 'Avatar: A Lenda de Aang'. Para ele, também feliz com a renovação confirmada da 2ª temporada da produção, o momento em que descobriu que interpretaria Aang, protagonista da história, ficou marcado nos pensamentos, representando a mudança da própria carreira dele como artista.
"No início, eu não tinha ideia do que era a série. O personagem era um garoto de 12 anos chamado Allen. Na época, eu era só um menino de 11 anos e tinha muito a aprender em poucos dias. Após o primeiro teste para o papel, eles me convidaram para fazer outros dois testes e ver como eu interagia com outros atores", contou ele em entrevista concedida ao Diário do Nordeste.
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Cormier já tinha feito parte do elenco de outras produções, como outra série e até mesmo um desenho animado, mas a oportunidade de viver Aang para o streaming ficou marcado como um novo momento. "Ligaram dizendo 'Procuramos em todo o mundo e houve um momento em que pensamos que não encontraríamos esse personagem — e então te encontramos'. Então, eles me contaram: 'Sabe o seu teste para o papel do Allen? Não existe Allen. Você é o Aang em Avatar'. Comecei a chorar copiosamente, dizendo que eles haviam mudado minha vida", explicou, de forma divertida, sobre como tudo aconteceu de forma incerta.
Não bastasse o sucesso da primeira temporada e a confirmação de uma nova leva de episódios, 'Avatar: O Último Mestre do Ar' já tem até uma 3ª temporada confirmada, reforçando a tendência de que os remakes ainda devem fazer muito sucesso nos cinemas ou no streaming.
Diante da força tanto do personagem como do material do qual fez parte, o adolescente, que tinha apenas 11 anos no início das filmagens e já tem 15, nem conhecia o famoso desenho animado criado por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, mas se viu na obrigação de respirar a história, que é repleta de fantasia e referências da cultura asiática.
"Eu não assisti à série antes de ser escolhido, mas quando entramos na fase de produção, eu já tinha assistido 26 vezes, talvez mais. Era minha única série. Eu acordava, assistia Avatar. Ia trabalhar e interpretava o Avatar. Voltava para casa e assistia Avatar. Estudava meu roteiro e artes marciais, assistia mais Avatar e depois ia dormir", continuou sobre a experiência, reforçando que passou a, de fato, viver o universo de Aang.
Ao contrário dele, Jabbar Raisani, produtor-executivo da série, buscou fazer parte da nova série da Netflix. Como bom fã do desenho original, ele buscou os responsáveis pelo material e fez parte de se inserir em tudo relacionado ao projeto. Pelo menos foi isso que relatou também em entrevista ao Diário.
"Eu era um grande fã da série original e assisti quando foi lançada pela primeira vez. Estava assistindo de novo quando voltou à Netflix e fiquei sabendo que estavam fazendo a adaptação para uma série em live-action, então cheguei a entrar em contato com algumas pessoas para perguntar como eu poderia participar. Como eu já tinha trabalhado em outros programas da Netflix, tinha uma noção do prestígio que essa série poderia trazer e eu queria fazer parte disso", garantiu.
A responsabilidade de fazer mais uma adaptação ao live-action e não decepcionar os fãs foi algo claramente natural. Segundo Raisani, o objetivo foi, desde o início, superar as expectativas dos fãs, entregando algo coeso, com sentimento e com toda a nostalgia de quem acompanhou o desenho ainda na infância.
"Ao transformar uma série animada em live-action, o desafio é torná-la realista sem perder a essência original, então nós buscamos um equilíbrio para que a adaptação tivesse a mesma vibe e aparência da animação, mas com a veracidade de um mundo palpável", reforçou, também explicando que o processo de criação envolveu estruturas grandiosas, além de artistas "brilhantes".
Sobre o trabalho de Cormier, inclusive, ele é só elogios. "Em um dos meus momentos favoritos com Gordon, eu estava no set tentando resolver algo com um ator e, quando voltei para a minha cadeira, ele estava sentado nela, dizendo: "Eu sou o Jabbar e estou dirigindo a série". E eu disse: "Que ótimo, Gordon! Agora eu sou você, tenta me levar de volta para a minha marca!" e saí correndo pelo set com a mesma energia do Aang", brincou.
Se para ele a experiência da primeira temporada foi tão positiva, Cormier gosta de lembrar da relação íntima que possui com Aang e o quão prazeroso deverá ser retornar aos sets para continuar essa jornada. "O Aang é um personagem tão incrível de interpretar. Às vezes, ele está muito feliz e em outros momentos ele está em um lugar bem sombrio. Aí, em outros, ele está no meio-termo. Ele tem muitas emoções e uma trajetória incrível que eu adoro", garantiu.