Entre 2010 e 2019, Idris Elba viveu 'Luther' em série da BBC. Na época, o detetive controverso fez sucesso estrondoso e, agora, como parece não ter encerrado todas as narrativas possíveis, surge em uma nova produção, dessa vez em formato de longa, para a Netflix. O filme, com o personagem como protagonista, está disponível na plataforma desde o início desta sexta-feira (10).
Se existem palavras para definir o filme, elas podem ser descritas, levemente, como "tenso", "explosivo" ou "violento". Acontece que o personagem de Elba não é lá dos mais éticos e usa a força e a violência como armas para descobrir o necessário a cada caso. Dessa vez, assim como nas temporadas da série, não é diferente.
Dessa vez, o detetive John Luther, que está atrás das grades e assombrado pelos erros do passado, persegue um assassino em série cibernético (Andy Serkis) e fará de tudo para detê-lo. O "tudo" é "tudo" mesmo, mas se justifica pelo poder magnético de Elba no personagem e aqui pela direção de Jamie Payne.
De volta à 'Luther'
Antes mesmo de o filme ser lançado, Idris Elba já havia comentado sobre qual a necessidade de retornar ao personagem. "Desde os créditos de abertura, eu queria que o público dissesse: “Eles conseguiram. Fizeram um filme”. E ele traz muito da série: tensão psicológica, um pouco de humor, o lado sombrio de sempre e aquele momento que faz todo mundo pular da cadeira", disse a esta coluna, por meio de um material enviado pela Netflix à imprensa brasileira.
Segundo o ator, os fãs pediram várias vezes por uma extensão desse cenário, o que acabou se justificando devido ao magnetismo do mesmo, um roteiro bem fundamento e, claro, a estrutura necessária para rodar um filme.
O retorno, então, foi bem-vindo tanto para ele como para o público. "É uma mistura de vários fatores, mas é basicamente escapismo para adultos. É sombrio e acho que atrai um público de outra natureza, que não se importa em explorar as partes mais obscuras da nossa mente. Mas acredito que o escapismo faz as pessoas quererem sempre mais", delimita o artista.
Além de Elba, o vilão de Serkis também prende o espectador. O personagem é especialista em descobrir o lado podre de pessoas comuns, fazendo vítimas por meio de chantagens, obrigando-as a executarem crimes. Depois, as mata, mas acaba virando alvo de Luther após mandar o detetive para a cadeia.
No fim, segundo o ator, o filme é acessível tanto aos fãs como para quem nunca teve contato com nada de Luther. "Os fãs que acompanharam a série vão encontrar referências escondidas, pequenos detalhes e momentos só para eles. Mesmo que o público não precise ver a série para entender o filme, eu, Neil e Jamie achamos importante que os fãs identifiquem as conexões", completou o artista.