O filme 'Perdida', adaptação do sucesso homônimo de Carina Rissi, estreou nos cinemas na última semana. A protagonista, Sofia, interpretada por Giovanna Grigio faz uma viagem ao passado onde encontrará uma experiência especial sobre o amor e acaba levando junto os espectadores da produção.
Esta coluna, no entanto, não é bem uma resenha do filme. Conversamos com parte do elenco, incluindo a própria Giovanna e Bruno Montaleone, que interpreta Ian na trama. Ambos ressaltaram a empolgação com o projeto e o sonho de atuar nas telas do cinema.
Para Bruno, o sonho de estrear nas telonas acabou se unindo à identificação que sentiu com Ian. "Ele de fato vem carregado de muito trabalho de preparação, para aprender seus costumes, dia a dia, suas relações pessoais e como enxerga o mundo. Entretanto, nas gravações tudo flui com uma naturalidade tão incrível, afinal, nos preparamos à beça para aquele momento, e ver tudo se encaixar e fluir de uma forma leve é muito gratificante", disse ele ao citar as partes fáceis e difíceis das gravações.
Sobre a expectativa dos fãs da obra literária, o ator lembra da grandiosidade da história, que vendeu milhares de exemplares em solo brasileiro. Ainda assim, acredita que o trabalho feito para os cinemas fez jus ao tamanho da produção de Carina Rissi. "Era algo que pensávamos o tempo inteiro", garantiu.
Enquanto isso, como ator, ele também precisou lidar com o desafio de construir um papel mais convencional em produções internacionais. Ian tem aura de príncipe encantado e, portanto, o obstáculo ficou justamente em como adaptá-lo de forma mais nacional.
"Toda essa aposta me fez querer entregar o melhor Ian que eu pudesse. Mergulhei no universo de Carina Rissi, Jane Austen, assisti 256 vezes às cenas de Mr. Darcy, passei dias realizando tarefas diárias de uma fazenda de criador de cavalos, escutei músicas e estudei costumes da era Regencial, taquei tudo num liquidificador e tcharam: temos Ian Clarke", finalizou.
Já para Giovanna, a relação com a personagem se tornou importante para o desenvolvimento do papel. "Eu acho que ela é uma personagem muito boa. Amo o senso de humor dela e o que eu mais gosto é que para ela não existe a possibilidade de ser quem ela não é. Quando ela viaja no tempo, ela não consegue disfarçar de fato se ela é do futuro. Ela fala do jeito que ela fala, ela age do jeito que ela age, ela não consegue se encaixar porque é quem ela é, ela é muito conectada com isso", explicou a atriz em entrevista ao Diário do Nordeste.
Sobre o íntimo de Sofia, Giovanna parece ter mergulhado fundo para compor o repertório para o filme. "Ela é curiosa, inteligente, responsável, às vezes até demais, ela é apegada, ciumenta, é uma grande amiga, mas ela erra. É equivocada, ela é intensa, só que, ao mesmo tempo, bloqueada, fechada porque ela tem medo de se machucar. A Sofia é impulsiva, fala as coisas sem pensar, mas está é aberta a aprender", define.
O filme, que estreou no dia 13 de julho nos cinemas brasileiros, segue em cartaz.