Seleção feminina de vôlei enfrenta Estados Unidos na final da Liga das Nações de olho nas Olimpíadas

Brasil derrotou o Japão nesta quinta-feira e chega à segunda final consecutiva da Liga das Nações contra os Estados Unidos, nesta sexta-feira (25)

Legenda: Seleção Feminina busca título inédito nesta sexta-feira, às 14h30

A Liga das Nações (VNL) representa para o calendário do vôlei nacional, este ano, a última oportunidade de avaliação e preparação dos atletas, antes da principal disputa de 2021: as Olimpíadas. Independente do resultado, o que está em jogo é a definição de quem está em melhores condições para representar o Brasil em Tóquio. 

Claro que vencer é sempre bom, mas garantir o alto nível para conquistar uma medalha na competição que estar por vir, é ainda melhor.

Buscando chegar ao ideal do que seria o time principal, após 16 partidas, a seleção feminina conseguiu também a vaga na final e volta a encarar aquela que é tida como uma das favoritas ao título olímpico: a equipe dos Estados Unidos, assim como foi na última edição disputada, em 2019. Desbancar, nesta sexta-feira (25), o único campeão da VNL (foram duas edições) é bônus, o grande objetivo do grupo está logo mais à frente, nos Jogos que começam em menos de um mês. 

Cerca de um mês também é o tempo que as atletas estão vivendo em um esquema de bolha. As 18 jogadoras da seleção brasileira de vôlei e a comissão técnica chegaram em Rimini, na Itália, em 21 de maio e, desde então, vivem uma rotina de jogos, treinos e descanso em um hotel, podendo no máximo ir à praia exclusiva que fica na frente do local onde estão hospedadas.

Tudo isso para garantir a segurança sanitária e evitar contaminações pelo coronavírus. Atletas e comissão, inclusive, são testadas para detecção do vírus, a cada 4 dias.

Seleção Masculina também disputa a fase final da VNL 

Seleção Masculina
Legenda: Seleção Masculina disputará semifinal em busca de ajustes
Foto: Divulgação

O Brasil tem um clássico pela frente, contra a França pela semifinal da Liga das Nações, no próximo sábado (26). O duelo, que tem sido um dos principais do mundo nos últimos anos, não terminou bem para os nossos representantes na fase de classificação. A disputa da outra semifinal será entre Polônia e Eslovênia. 

Os jogos de vôlei em Tóquio 2020 começam em 23 de julho. Para os homens é a manutenção do título e busca pelo quarto ouro olímpico e quinta final consecutiva. Já para as mulheres é o desfecho do trabalho do multicampeão José Roberto Guimarães e um divisor de gerações para as atletas que defendem o Brasil. 

Entrevista: veterana é trunfo do Brasil no meio de rede 

Entre as que devem dar adeus à seleção após os Jogos está a veterana Carol Gattaz. Aos 39 anos, ela está de volta à equipe após oito anos. A lista oficial das convocadas para as Olimpíadas ainda não saiu, mas Carol, pelo desempenho que vem apresentando, tem vaga praticamente garantida no meio de rede.

Sobre o retorno ao grupo para a disputa da VNL, ela destaca:“É muita honra, é como se fosse a primeira vez, parece que é tudo novo. Mas ao mesmo tempo, já ficando com saudade, porque eu sei que vai ser uma das últimas competições que eu vou disputar”. 

Carol Gattaz
Legenda: Carol Gattaz é a jogadora mais experiente entre as que representam o Brasil na VNL
Foto: Divulgação

Das 18 que estão na Itália, apenas 12 representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos. Carol sabe bem o que é estar bem perto do sonho olímpico e ver a oportunidade não se concretizar. Ela já foi cortada duas vezes, em 2004, antes de Atenas e em 2008, ficou de fora do grupo que conquistaria o primeiro ouro olímpico do vôlei feminino.

E agora, dias antes definição, aguarda um desfecho mais alegre: “As expectativas cada dia aumentam mais, a ansiedade vem chegando [..]é um momento feliz pra umas, triste pra outras, eu já passei por isso duas vezes. Mas tenho certeza que a comissão vai fazer a melhor escolha para representar o País."

Após as decisões da Liga das Nações, as comissões devem divulgar as listas dos atletas que vão para os Jogos. Um misto de sentimentos e a torcida para que o Brasil, que também é o País do vôlei, volte ao lugar mais alto do pódio olímpico.