O vôlei feminino brasileiro vem passando por um momento de reformulações. No histórico recente, a prata olímpica é a conquista mais recente ao nível de seleções, mas em relação aos times, um grande título internacional não vem desde 2012, quando o Osasco conquistou o Campeonato Mundial de Clubes.
A partir desta quarta-feira (15), Minas e Praia Clube vão em busca deste título, em um difícil cenário que reúne algumas das principais equipes do mundo. Os seis clubes são divididos em dois grupos de três, que se enfrentam entre si. Os dois primeiros colocados avançam às semifinais e a decisão acontece no próximo domingo (19).
Em grupos diferentes, os dois times mineiros têm caminhos distintos de dificuldade. No grupo A, o Praia enfrenta o atual campeão mundial, o italiano Conegliano, da estrela Paola Egonu. E o turco Fenerbahce, da brasileira aposta para a nova geração, Ana Cristina.
No grupo B, o Minas encara o Vakifbank, da Turquia, e o Altay, do Cazaquistão. E tem boas chances de conseguir avançar à fase semifinal.
O último bom resultado brasileiro na competição foi justamente do Minas, que se destacou na edição de 2018, chegando à final contra o VakıfBank e ficando com o 2º lugar. Na época, o clube emplacou três jogadoras na seleção do campeonato: a central Mayany, a levantadora Macris (ainda na equipe) e Gabi na ponta (brasileira, que hoje joga no time turco, que será o principal adversário, na primeira fase, de seu antigo clube).
Representantes
Minas e Praia também foram os representantes brasileiros na edição de 2019, no entanto o desempenho das duas equipes não foi o esperado e terminaram na quinta e sexta posições respectivamente.
Para o Mundial que começa nesta quarta-feira, o que se espera é uma disputa difícil para os nossos representantes, mas com boas condições de assegurar, pelo menos, o pódio.
As duas equipes brasileiras têm dominado o cenário nacional dos últimos anos, com disputas consecutivas da Superliga. Além disso, contam com jogadoras com experiência nacional. No time da capital mineira, Thaísa já foi campeã do Mundial com o Osasco, assim como Sheilla, que agora atua como assistente da equipe de Belo Horizonte.
Outros nomes, como Carol Gattaz e Macris, que estiveram na última campanha olímpica do Brasil, junto com a atleta do clube praiano, Carol Silva.
O Mundial reúne algumas das principais equipes do cenário internacional. É possível contar com um equilíbrio e os destaques individuais podem fazer a diferença. Entre os brasileiros, se formos considerar a classificação da Superliga, o Praia apresenta uma leve vantagem.
A equipe de Uberlândia, inclusive, ganhou a última edição do sul-americano, realizada em outubro, contra o rival de Estado. Mas como é impossível prever resultados no esporte, um campeonato emocionante é o que pode esperar. Depois de um ano sem disputas, é bom poder voltar a ver grandes jogos entre os clubes.
Confira a tabela do Mundial de clubes de vôlei feminino:
Grupo A
15/12 – Conegliano x Fenerbahce - 12h30
16/12 – Dentil/Praia Clube x Fenerbahce -12h30
17/12 – Dentil/Praia Clube x Conegliano - 9h
Grupo B
15/12 – Itambé/Minas x Altay - 9h
16/12 – Vakifbank x Altay - 9h
17/12 – Itambé/Minas x Vakifbank - 12h30
Semifinais
18/12 – Primeiro do A x Segundo do B - 9h
18/12 – Primeiro do B x Segundo do A - 12h30
Disputa do bronze
19/12 – perdedores das semifinais - 9h
Final
19/12: vencedores das semifinais - 12h30
Mundial Masculino
Entre os homens, o título ficou no Brasil. Realizado em Betim, Minas Gerais, o Cruzeiro conquistou, no último domingo (12), o primeiro lugar contra o Civitanova, da Itália e chegou ao topo do mundo pela quarta vez. Além disso, o clube teve o amplo domínio na seleção do Mundial, com o ponteiro López (eleito ainda como craque do campeonato), central Otávio, levantador Cachopa e oposto Wallace.
O time mineiro consolida uma hegemonia na competição, já que nas últimas oito edições, venceu metade. O outro representante brasileiro, Funvic Natal, terminou a competição em 4ª lugar.