A arte é algo que corre nas veias, afinal ela pulsa como vida para o coração dos seus amantes. Em alguns casos, não sei se por questão de DNA ou simplesmente por uma ligação divina, essa força é transmitida de forma hereditária. Em ambos os casos, a querida Aparecida Silvino, que é artista por natureza e muito nos brinda com seus muito talentos.
“Apá”, como é conhecida entre colegas de ofício e seus discípulos, vai subir no palco do Cineteatro São Luiz no próximo dia 26 para apresentar seu novo show “As canções (Saudades e Alegrias)''. A apresentação faz parte de um projeto mais intimista desse templo sagrado das artes chamado “Dentro do Som”, onde o público assiste tudo no palco, junto com os músicos.
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A ideia é sensacional, e a proposta é trazer ao som de voz e piano um resgate de compositores que Aparecida admira como Lulu Santos, Caetano Veloso, Marina Lima e Ednardo. O trabalho é dirigido pelo jornalista e pesquisador musical Marcos Sampaio e conta com a participação dos músicos Dudu Holanda e Hoto Júnior.
O trabalho da compositora, musicista e cantora busca desde o princípio a valorização da música na forma mais genuína e em “As canções, saudades e alegrias”, esse contato mais intimista com seu público que também se sente amigo da artista que só esbanja doçura e acolhimento.
“A música é um ambiente amplo, e eu aprendi isso com o piano, a flauta, o violão e o canto coral, pois minha irmã, Izaíra, era regente. Eu fui cantar no Coral da Universidade Federal do Ceará com ela, eu tinha quinze anos”, me contou Aparecida rememorando com saudade a sua história que divide espaço com a da nossa música também.
Aparecida Silvino nasceu em Fortaleza, mas acredito que seu choro no momento do primeiro contato com o mundo, já deve ter sido com afinação. Antes mesmo de aprender a ler ela já tinha adquirido aptidão para as canções e nela embarcou. Esse talento que só se multiplicava virou acolhimento e generosidade de repassar tudo aquilo que sabe.
“O coral foi fundamental na minha vida. Com vinte anos passei a ensinar também canto e criei um método que as pessoas geralmente gostam muito que é mais teoria do que prática e prepara as pessoas para o palco. Isso me engrandece demais. Hoje eu sou regente de três corais e continuo minha carreira”, contou a compositora.
Esse instinto de mãe torna Apá mais especial. Ela acolhe todos seus alunos com amor e passa isso para eles com a mesma essência que ela dedica a música. Nesses anos de trabalhos tem cinco álbuns gravados, que agora estão disponíveis nas plataformas digitais. Tudo tem um propósito na vida da regente e isso não é à toa.
As influências que agora Aparecida resgata no seu novo show só reforçam a importância de nomes como o de Antônio Carlos Belchior, nosso querido Bel, em sua carreira, inclusive, ele e a já mencionada Izaíra Silvino são homenageados em “As canções, saudades e alegrias”, com a devida justiça.
Aparecida irá apresentar também “Consolança”, música que dá nome ao seu mais recente disco, somente com canções de Eugênio Leandro. “É nesse caminho que eu estou, sempre querendo aprender coisas novas e sempre caminhando. A música dá coragem na gente. Nos ajuda a respirar o oxigênio mais renovado.
É com esse espírito jovem e cheio de inspiração que compactuo o amor de Aparecida Silvino à música e convido todos ao show “As canções, saudades e alegrias” no próximo dia 26, no Cineteatro São Luiz. Agora os ingressos são limitados, então é importante correr. Apá é sempre uma boa escolha para quem deseja cantar e sentir a força das canções nas veias.