O que a pesquisa Ipec aponta de desafios para os candidatos ao governo na última semana

Dados dão o direcionamento para atuação dos candidatos na reta final da campanha, antes do primeiro turno

Legenda: Os três principais concorrentes têm desafios diferentes para tentar ir ao segundo turno

Os candidatos ao Governo do Estado estão prestes a entrar na última semana de campanha eleitoral. A essa altura dos acontecimentos, cada um dos três principais concorrentes está ciente do cenário desenhado pelo andamento da campanha e pelas pesquisas de opinião em relação ao humor do eleitorado até o momento.

A pesquisa Ipec, contratada pela TV Verdes Mares e divulgada na quinta-feira (22), dá direções em relação a preferências do eleitorado e revela encaminhamentos sobre as providências que cada uma precisa tomar nos últimos dias.

Não é demais lembrar que, embora o tempo esteja reduzido para grandes reviravoltas, um dos dados da pesquisa revela que 28% dos eleitores ainda admitem mudar de candidato.

A observação da campanha demonstra, ainda, três candidatos com um nível de competitividade elevado, mesmo que os dados mostrem apenas Elmano de Freitas em curva crescente no último levantamento.

Com base nos dados, esta coluna aponta caminhos a serem traçados pelos candidatos na reta final.

Elmano de Freitas

O levantamento trouxe boas notícias ao candidato do PT. Além de ter crescido e esteja tecnicamente empatado com Capitão Wagner (União) na disputa pelo primeiro lugar no primeiro turno, ele ainda avançou a perspectiva de intenções de votos no segundo turno.

Mesmo com a tendência de alta, há desafios para o candidato do PT. Certamente, pela curva crescente, o poder de fogo dos adversários deve se intensificar contra ele nos últimos dias.

Elmano deverá ser confrontado com temas delicados para o PT e os governos de Camilo e Izolda. Além disso, a pesquisa mostra que Elmano lidera a rejeição entre os evangélicos, com 26%. Um ponto a focar: o público religioso.

Capitão Wagner

A queda nas intenções de voto entre o penúltimo levantamento, em 9 de setembro, e este, deve acender um alerta na campanha de Wagner. Não é possível afirmar que há, para ele, uma tendência de queda nos percentuais. Wagner se mantém com uma alta intenção de voto desde a pré-campanha.

Além do decréscimo na estimulada, Wagner também cresceu em rejeição, saindo de 29% para 35%. Este dado também indica um foco de sua campanha nos últimos dias. A maior atenção em relação a isso deve ser no eleitorado com nível superior, onde a rejeição ao nome dele chega a 47%.

O candidato do União Brasil precisa ficar atento ao crescimento dos adversários: Roberto Cláudio na Região Metropolitana de Fortaleza e Elmano de Freitas no Interior.

Roberto Cláudio

O candidato do PDT, mesmo aparecendo neste levantamento atrás dos dois principais concorrentes, tem números importantes a serem analisados. Após cair nas intenções de voto na Grande Fortaleza entre o primeiro e o segundo levantamento, ele voltou a crescer e chegou a 30%, uma alta de sete pontos.

O desafio para ele, do ponto de vista geográfico, é no Interior. Neste último levantamento, ele aparece com 16% das intenções de voto, quatro pontos percentuais a menos do que na anterior.

Além disso, entre os três principais concorrentes, é o candidato do PDT que tem a menor rejeição, com 16%. Entretanto, como se encontra percentualmente atrás dos dois na pesquisa estimulada, a última semana será mais desafiadora para ele.