Novo projeto tocado pelo MEC vai entrar em operação e deve aproximar o governo Lula do público jovem

Pé-de-meia vai pagar até R$ 9.200 por estudante ao fim do ciclo do ensino médio. Custo por ano: R$ 6,1 bilhões

Legenda: Ministro da Educação antecipou detalhes do projeto a esta coluna ainda em novembro do ano passado
Foto: Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), quer o novo programa assistencial do governo federal, o ‘Pé-de-Meia', em operação no fim de março em todo o País. A ideia do programa é garantir uma poupança a jovens do ensino médio cujo núcleo familiar esteja cadastrado no Bolsa Família como forma de estimular a frequência, assiduidade e a participação no Enem. 

O programa, que é uma medida administrativa por meio do Ministério liderado pelo cearense, terá um largo alcance social. Em todo o Brasil, a medida poderá beneficiar 2,5 milhões de estudantes que chegarão a receber até R$ 9.200 ao final dos três anos do ensino médio. 

Somente no Ceará, conforme dados da Secretaria de Educação do Estado, são quase 188 mil estudantes do ensino médio cujas famílias estão inscritas no CadÚnico.   

A prioridade do governo, de acordo com o ministro, é reestruturar a educação pública brasileira. O Ensino Médio é um ponto nevrálgico que desafia os gestores públicos em todos os níveis: municípios, estados e União.

Veja também

 

O MEC tem como estratégia rever o currículo, reduzir a evasão escolar e, ao fim do ensino médio, dar uma opção para que o jovem possa iniciar um curso superior, empreender ou se organizar financeiramente para entrar no mercado de trabalho. 

Evidentemente, uma medida deste alcance poderá aproximar o governo desta fatia do eleitorado e ter impacto já no pleito eleitoral deste ano, em que o PT, partido do ministro e do presidente Lula, tenta voltar a crescer na quantidade de prefeitos e vereadores eleitos, principalmente nos maiores centros urbanos. 

No Ceará, por exemplo, o partido deverá ter candidato próprio em grandes cidades como Fortaleza, Juazeiro do Norte, Carto e Itapipoca. A meta é chegar a até 60 prefeitos eleitos no Ceará no próximo pleito.