Os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Defesa, José Múcio Monteiro, assinam, na tarde desta sexta-feira (4), em Brasília, um acordo de cooperação interministerial para os estudos de implantação de uma sede do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará.
A possibilidade de abertura de cursos do Instituto, o mais renomado do País em engenharia, começou a ser discutido por técnicos das pastas no mês passado e, agora, as partes assinam um acordo que detalha um plano de ações iniciais para viabilizar a iniciativa.
O governador Elmano de Freitas (PT) deve participar da assinatura do termo. Entre as ações estabelecidas está o diálogo com o Governo do Estado, para colaboração no projeto.
De acordo com o documento, obtido por esta coluna com exclusividade, as pastas estabelecem um prazo de 90 dias para os estudos iniciais que envolvem ainda o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), comandado pela cearense Fernanda Pacobahyba.
O plano estabelece uma avaliação da estrutura física da Base Aérea de Fortaleza, que deve ser a sede do Instituto na Capital cearense, levantamentos técnicos sobre o custeio de manutenção da estrutura durante o período de transição, além de um estudo para analisar os cursos de graduação mais adequados para a implantação do campus de Fortaleza.
O ITA tem, atualmente, o vestibular mais concorrido do Brasil sendo uma referência no ensino de engenharia no País. A sede da instituição fica no município de São José dos Campos, em São Paulo.
O acordo de cooperação detalha que uma das características observadas nos resultados de seleção do ITA é o percentual de aprovação de estudantes de escolas cearenses, “representando uma média de aproximadamente 40%”.
“Nesse contexto, considerando o alto índice de aprovação no ITA por alunos oriundos de escolas cearenses, somadas à infraestrutura já existente e relevante da Força Aérea Brasileira, vislumbrou-se a possibilidade de cooperação com vistas a ampliar a capacidade de desenvolvimento tecnológico e educação de alto nível na região”, justifica o texto.
Conforme esta coluna apurou, a ideia dos técnicos é que a sede Fortaleza já ofereça, pelo menos, um curso no vestibular de 2024.
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