Indicação de Marcos Gadelha para a Saúde confirma escolha técnica e aponta para continuidade

O novo chefe da pasta chegou ao governo antes mesmo de dr. Cabeto e terá desafios na vacinação e foco na variante Delta

Legenda: O novo secretário assume com uma situação relativamente controlada em relação a pandemia, mas sob ameaça da variante Delta
Foto: Rodrigo Gadelha

A indicação do médico Marcos Antônio Gadelha para o cargo de secretário de Saúde do Estado confirma as sinalizações dadas pelo governo de que não havia intenção de mudanças de rumos na condução da Pasta. Marcos era secretário-executivo na gestão de Cabeto Martins e chegou ao governo Camilo bem antes do ex-secretário. 

O novo titular iniciou a jornada na gestão do Hospital de Messejana no primeiro governo do petista e também chegou ao cargo executivo antes mesmo de Cabeto assumir. Entre 2015 e 2018, o cardiologista foi secretário-adjunto da pasta na gestão do ex-secretário Henrique Javi. 

Ao encontrar uma solução “caseira” para o comando, Camilo Santana opta por alguém que já está perfeitamente inteirado de tudo que está em andamento na Secretaria. Isso, evidentemente, facilita o andamento da gestão com as metas e prioridades traçadas anteriormente. 
 

Ao chegar, o novo secretário já falou da prioridade para a vacinação. E ele enfrentará um momento desafiador. Com o avançar da imunização para a população de 18 anos, o maior problema será convencer os que perderam o prazo - ou se negam a tomar a vacina - a ir à rede pública receber a primeira dose e, posteriormente, completar o ciclo. 

Este, inclusive, tem sido um desafio em todo o Brasil e em outros países do mundo, como os Estados Unidos. 

De olho na variante Delta

Não menos importantes serão as ações da Sesa em um momento que a variante Delta tem transmissão comunitária no Estado. Até agora, a situação da pandemia está relativamente sob controle no Ceará, entretanto os números apresentados no Rio de Janeiro, por exemplo, acendem um sinal de alerta. 

É fundamental olhar essa nova fase da crise sanitária por dois prismas: o da rede pública de atendimento médico e outro da retomada das atividades econômicas. Será preciso firmeza para equilibrar a cautela com base na ciência e a euforia da liberação de novas fases da reabertura da economia. O desafio é o equilíbrio. 

É exatamente nisso que reside a maior dificuldade do gestor público da área.