Guerra jurídica entre candidatos de Fortaleza gera média de 18 ações por dia em uma semana

Principais concorrentes estão travando uma batalha constante contra propaganda dos adversários

Legenda: Candidatos montaram equipes de guerra para a corrida ao Judiciário na campanha
Foto: Montagem

Entre 23 de setembro e esta terça-feira, 1º de outubro, a Justiça Eleitoral do Ceará tomou decisões em 167 ações, a maioria delas relacionadas à propaganda eleitoral na corrida pela Prefeitura de Fortaleza. Os processos envolvem, principalmente, os quatro principais candidatos na disputa, segundo as pesquisas mais recentes: André Fernandes (PL), Evandro Leitão (PT), Capitão Wagner (União Brasil) e José Sarto (PDT). 

As decisões, que incluem propaganda irregular na TV, no rádio e nas redes sociais e até questões de impulsionamento de postagens, têm ocupado boa parte do noticiário nesta reta final de campanha e gerado, como já havia alertado esta Coluna, uma guerra judicial entre os candidatos. 

18 por dia
É a média de decisões tomadas por dia pela Justiça Eleitoral na última semana, aponta o mural eletrônico de decisões da Corte

Para a batalha nas urnas, as principais candidaturas formaram verdadeiros exércitos de advogados e juristas para defender os interesses das campanhas e, principalmente, para tentar imputar aos adversários possíveis crimes eleitorais. Nesta reta final, o clima de confronto está se intensificando. 

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Sarto x Evandro 

Entre as decisões mais emblemáticas está a proibição imposta ao candidato José Sarto (PDT) de realizar novos impulsionamentos de postagens nas redes sociais, após representação movida pela candidatura de Evandro Leitão (PT). 

Sarto chegou a acusar a Justiça de "censura", enquanto a candidatura petista justificou a ação como uma defesa do "equilíbrio" no uso das ferramentas online. O episódio é um exemplo da tensão entre as candidaturas e a disputa pelo uso das redes sociais, que têm sido palco de outra batalha: a de narrativas. 

Wagner x André 

Outra disputa direta na Justiça está sendo travada entre André Fernandes e Capitão Wagner. No início desta semana, Fernandes conseguiu o direito de veicular 11 inserções que seriam destinadas ao concorrente, como direito de resposta, no caso em que Wagner teria associado Fernandes a um suposto “uso de cocaína” na TV. 

Em contrapartida, Wagner também garantiu o direito de resposta e a retirada de uma publicidade do adversário em que seu nome era vinculado a supostos casos de envolvimento com substâncias ilícitas. 

A guerra jurídica, antecipada por esta Coluna, deverá permanecer como elemento central até o dia da eleição. O sucesso das equipes jurídicas pode ser o diferencial entre ir ou não ir ao segundo turno. 

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