CPI do Narcotráfico: Elmano e governadores são chamados a compartilhar ações contra crime organizado

Comissão do Senado quer ouvir chefes de estados mais e menos seguros, além de ministros e especialistas

Escrito por
Inácio Aguiar inacio.aguiar@svm.com.br
Legenda: Os requerimentos foram apresentados pelo relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE)
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A CPI do Narcotráfico 2025, instalada no Senado na última terça-feira (4), colocou sob os holofotes os governadores convocados pela CPI, incluindo Elmano de Freitas, do Ceará. A comissão quer entender como os estados têm enfrentado facções criminosas no Brasil e quais são os desafios estruturais e operacionais no combate ao crime organizado.

A iniciativa aumenta a pressão sobre os chefes do Executivo estadual para que apresentem resultados efetivos no campo da segurança pública, principalmente após a operação que deixou mais de 120 mortos no Rio do Janeiro. Além dos governadores, ministros, chefes de órgãos de segurança e especialistas também serão ouvidos ao longo dos trabalhos.

Quem a CPI do Crime Organizado quer ouvir

A lista de convocações foi apresentada pelo relator da comissão, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), com base nos dados do Ministério da Justiça e do Fórum Nacional de Segurança Pública. A proposta é analisar tanto os estados com os piores índices de criminalidade quanto os que apresentam maior eficiência no combate ao crime.

Governadores de estados mais e menos seguros

Foram convidados os governadores e secretários de Segurança Pública dos estados:

  • Mais violentos: Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas
  • Mais seguros: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal
  • Outros estratégicos: São Paulo e Rio de Janeiro, por abrigarem as maiores facções criminosas do país

Ministros e chefes da segurança pública nacional

Também serão ouvidos:

  • Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública)
  • José Múcio Monteiro (Defesa)
  • Andrei Rodrigues (Diretor-geral da Polícia Federal)
  • Luiz Corrêa (Diretor da Abin)

Essas autoridades deverão apresentar relatórios sobre controle de armas e munições, inteligência sobre milícias e facções, e estratégias de enfrentamento.

O que está em jogo nos depoimentos

A expectativa da CPI é reunir subsídios para a criação de medidas legislativas e operacionais que fortaleçam o combate ao crime organizado, cada vez mais infiltrado nos sistemas político, econômico e carcerário do país.

Panorama da violência e o papel dos estados

Estados de todo o País, incluindo o Ceará, têm enfrentado alta nos indicadores de homicídios, ataques a agentes públicos e disputas entre facções. A oitiva dos governadores deve revelar o grau de articulação entre as políticas estaduais e as ações federais de segurança.

Expectativa por medidas legislativas e operacionais

Com duração inicial de 120 dias, a CPI do Narcotráfico poderá apresentar propostas para endurecer o enfrentamento ao tráfico de drogas, ao armamento ilegal e à corrupção ligada ao crime organizado.

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