O PSDB deverá ganhar um novo impulso eleitoral para o pleito deste ano, após mudanças neste período de janela partidária. A sigla já foi hegemônico no Estado, mas apresentava uma dificuldade de lançar chapas competitivas de deputado estadual e federal. Agora, com reforço no comando e na base a legenda passará por uma reformulação e aposta em chegar forte em outubro.
A primeira mudança significativa será no comando estadual. Deixa o cargo de presidente o ex-senador Luiz Pontes e assume o suplente de senador Chiquinho Feitosa, que deixa o DEM, após a fusão com o PSL para criação do União Brasil. Este movimento será lançado na próxima segunda-feira (21), em evento na Assembleia Legislativa do Estado.
O governista Chiquinho Feitosa travou, nos bastidores, uma batalha com o oposicionista Capitão Wagner pelo comando do União Brasil, que se tornou o maior partido do País com uma bancada superior a 80 parlamentares na Câmara dos Deputados. Wagner venceu a parada e ficou com a legenda.
A pedida do União Brasil por conta da disputa pelo comando no Ceará foi alta. Fontes desta coluna apontam que o compromisso exigido pela direção nacional seria de obtenção de 700 mil votos para deputado federal nas eleições de outubro, fora os debates sobre a estrutura necessária.
Quem conhece do assunto diz que, para qualquer dos lados, será difícil atingir a marca capaz de eleger cerca de 4 a 5 cadeiras de deputado federal.
Pois bem, na última quinta-feira (17), quando se fortaleceram os rumores de que o partido ficaria mesmo com Capitão Wagner, como demos nesta coluna, aliados de Feitosa já deflagraram a operação “plano B”, que se confirma agora com o ingresso dele no tucanato estadual, sob as bênçãos do senador Tasso Jereissati.
Nova bancada estadual
O segundo fato relevante para as mudanças no partido foi o avanço dos entendimentos para a filiação de um grupo de cerca de 20 pré-candidatos a deputado estadual com um bom potencial de votos.
2 deputados estaduais
é o número de eleitos pelo PSDB na aposta dos membros do grupo que ingressa no partido
Essa lista tem nomes como o deputado estadual Gordim Araújo, os vereadores de Fortaleza Jorge Pinheiro e Consul do Povo, além de uma série de suplentes que já exerceram o mandato na assembleia na atual legislatura como Diego Barreto e Ferreira Aragão.
O ingresso deste grupo no tucanato está dependendo apenas de detalhes, todos os envolvidos ouvidos por esta coluna já confirmam que devem migrar mesmo para o PSDB.
As lideranças, é bom que se diga, são totalmente alinhadas à base aliada do governador Camilo Santana (PT) e todos os passos foram discutidos com o comando do grupo governista.
Ou seja, o tucanato, que já havia ingressado na base aliada do prefeito José Sarto (PDT), em Fortaleza, agora integra também o governismo em nível estadual, junto com o PT.