O secretário chefe da Casa Civil do governo do Estado, Chagas Vieira, deverá deixar o cargo até o fim deste ano, o penúltimo de Camilo Santana à frente do Executivo Estadual. Procurado por este colunista, o secretário a frente da principal Pasta do governo confirmou que a decisão é pessoal e que o governador já tem conhecimento.
O jornalista Chagas Vieira chegou ao governo junto com Camilo Santana ainda em 2015, depois de ter atuado na campanha eleitoral do petista. Desde então foi chefe da comunicação da gestão, assessor especial da área com status de secretário e foi alçado ao cargo de gestão da Pasta mais estratégica da gestão após a saída de Élcio Batista, eleito vice-prefeito de Fortaleza nas eleições passada.
Chagas deverá puxar a fila dos secretários que devem ser exonerados até o fim deste ano, a pedido do governador Camilo Santana para serem candidatos no próximo ano. Chagas, entretanto, nega que faça parte do grupo dos que estão de olho na eleição.
“Nunca esteve, nem está nos meus planos ser candidato. Tenho enorme respeito e gratidão ao governador Camilo Santana, que continuará fazendo um grande trabalho, junto com toda a equipe, porque é um grande gestor e um grande líder”.
“Já dei minha contribuição ao Governo. Preciso me dedicar mais à minha família. Ciclos se fecham”, reforçou. Segundo o secretário, ainda não há uma definição sobre quem deve substituí-lo no cargo.
Plano de reestruturação
Ao longo da gestão, Chagas Vieira se tornou homem da confiança do governador Camilo Santana. Desde o início do governo esteve presente nos diversos comitês de crises em momentos delicados como as rebeliões nos presídios, a crise na Polícia Militar e a pandemia da Covid-19. De tão próximo do gestor, ele foi nomeado chefe da Casa Civil no dia 8 de dezembro do ano passado. Ele completa um ano à frente da pasta nesta quarta-feira (8).
Recentemente, o secretário da Casa Civil assinou uma circular aos demais secretários em que comunica a decisão do governador de substituir os gestores que têm planos eleitorais até o fim deste ano, antecipando o prazo de desincompatibilização, que é no começo de abril.
Mauro Filho (PDT), do Planejamento, deverá ficar em definitivo na Câmara dos Deputados. Zezinho Albuquerque (PDT), de Cidades, deverá voltar à Assembleia Legislativa. Outro secretário que deve deixar o cargo é Diassis Diniz (PT). Há especulações também sobre outros nomes que devem deixar o governo.