Bastidores: novos nomes cotados para vaga na Assembleia Legislativa na eleição 2026

Famílias tradicionais seguem favoritas para ocuparem a maioria das cadeiras na Casa

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:35)
Legenda: Aníbal Filho, Liziany Medeiros, Moses Filho e Bella Carmelo são nomes cotados para a próxima eleição à Assembleia Legislativa
Foto: Montagem

Nos corredores da Assembleia Legislativa do Ceará, a matemática eleitoral já começou a ser feita com foco em 2026. Deputados estaduais calculam os votos necessários para garantir a renovação de seus mandatos, mas, ao mesmo tempo, observam com atenção a movimentação de novos atores que devem ocupar espaços no Legislativo a partir de 2027.

Entre articulações familiares e estratégias de grupos políticos em todo o Estado, a eleição tende a abrir espaço para caras novas, mas com sobrenomes bastante conhecidos.

Com base nos cálculos e nas articulações que se desenvolve, esta coluna traça um retrato do que pode vir, considerando, entretanto, que isso ainda pode mudar dependendo dos desdobramentos das alianças.

A força dos grupos familiares e regionais

Aníbal Filho

Legenda: Prefeito de Granja, Aníbal é de família tradicional na política cearense
Foto: Reprodução/Instagram Aníbal Filho

O prefeito de Granja, Aníbal Filho (PT), é um dos cotados para chegar à Casa. Irmão do presidente da Assembleia, Romeu Aldigueri, ele deve herdar o espaço no grupo político, já que o atual chefe do Legislativo estadual projeta disputar vaga na Câmara dos Deputados.

Liziany Medeiros

Legenda: Liziany Medeiros é esposa do prefeito de Itapipoca, Felipe Pinheiro
Foto: Reprodução/Instagram Liziany Medeiros

Outro nome em ascensão é o de Liziany Medeiros (PT), primeira-dama de Itapipoca. O prefeito Felipe Pinheiro, seu esposo, articula para garantir que a liderança municipal tenha representação no Parlamento estadual.

Waldemir Catanho

Legenda: Waldemir Catanho é ligado à deputada federal Luizianne Lins
Foto: Divulgação

Do núcleo mais próximo do governador Elmano de Freitas e da deputada federal Luizianne Lins, surge Waldemir Catanho (PT), atual superintendente do Detran. Catanho foi figura central nas gestões de Luizianne na Prefeitura de Fortaleza e quase chegou ao comando de Caucaia em 2024, quando perdeu no segundo turno.

Sobrenomes tradicionais e continuidade política

Elizeu Monteiro

O Litoral Oeste também pode reforçar sua presença na Assembleia com Elizeu Monteiro (PSB), ex-prefeito de Itarema e irmão do deputado federal Robério Monteiro. A família, que já controla Itarema e Acaraú, aposta em consolidar ainda mais seu espaço no Legislativo.

Breno Gonçalves

Na Região Metropolitana de Fortaleza, o nome de Breno Gonçalves desponta como sucessor natural da mãe, a deputada estadual Marta Gonçalves. Médico, Breno é filho do ex-prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, e irmão do prefeito de Aquiraz, Bruno. A estratégia da família é ampliar presença, já que Acilon deve concorrer a deputado federal. 

Moses Filho

Legenda: Moses Filho é de uma família emergente na política de Sobral e região Norte
Foto: Reprodução/redes sociais

Outro jovem que pode estrear na política estadual é Moses Filho (União Brasil). Neto do prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues, e filho do deputado federal Moses Rodrigues, ele será lançado para manter a presença da família no Legislativo cearense.

Troca de cadeiras e novas alianças 

Bella Carmelo

Legenda: Bella Carmelo é atualmente vereadora de Fortaleza
Foto: Reprodução/Instagram Bella Carmelo

No campo bolsonarista, a vereadora de Fortaleza Bella Carmelo (PL) surge como provável candidata à Assembleia. Ela é esposa do deputado estadual Carmelo Neto, que deve mirar em Brasília em 2026, abrindo espaço para que a vaga fique em família.

Cláudio Leite

Outro nome que chama atenção é Cláudio Leite, genro do ex-vice-governador Domingos Filho e esposo da vice-prefeita de Fortaleza, Gabriella Aguiar, ambos do PSD. O movimento reforça a tentativa da família de manter sua tradição de ocupar assento no Legislativo estadual. 

O que está em jogo

O desenho das pré-candidaturas mostra que, embora a Assembleia possa receber novos nomes a partir de 2027, os grupos familiares e políticos tradicionais continuam sendo os grandes protagonistas.

A disputa de 2026 não será apenas uma corrida individual por votos, mas um tabuleiro de sucessões, alianças e estratégias de continuidade.