Além de modificar o cenário de disputa no primeiro turno, os dados das últimas pesquisas, que mostram quedas e crescimentos entre os principais candidatos à Prefeitura de Fortaleza, podem influenciar também em possíveis cenários de segundo turno. A troca de ataques entre os candidatos poderá alterar e até modificar composições dadas como certas.
O caso mais visível neste aspecto é a recente troca de farpas entre os candidatos Capitão Wagner (União) e André Fernandes (PL). No último fim de semana, uma peça publicitária de Wagner questionou a capacidade de gestão de Fernandes, exibindo vídeos antigos do então influencer.
A reação do candidato do PL foi imediata: “me senti apunhalado pelas costas”. Wagner deu uma tréplica: “imaturidade. Quer brincar de ser prefeito?”.
O embate aberto entre os candidatos chamou mais atenção porque as previsões iniciais davam como certa a aliança entre os dois caso um deles não chegue ao segundo turno, até pela proximidade ideológica entre eles, que militam no campo de direita/centro-direita. Agora, o cenário parece mais complexo.
PT e PDT
Do ponto de vista ideológico, essa proximidade também parece existir entre PT e PDT. Até 2022, as legendas eram aliadas no plano estadual. Em 2022, por exemplo, o partido resolveu apoiar Sarto no segundo turno diante de Wagner.
Entretanto, após o rompimento entre os dois partidos, o clima beligerante transformou os então aliados em adversários, com direito a trocas de acusações.
Evidentemente, as circunstâncias políticas podem mudar, mas os sinais do quadro atual também dificultam uma parceria neste campo para uma etapa complementar.
É possível haver alianças novas para um segundo turno, então? Só o tempo e as circunstâncias irão dizer.
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