A Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ocorre nesta sexta-feira, 26, a partir das 14h30 (de Brasília), pondo fim à espera de milhares de atletas e milhões de torcedores pelo mundo. No que se refere à participação brasileira, esta já é uma edição histórica por, pela primeira vez, as mulheres superarem os homens na nossa delegação, tendo 153 das 274 vagas totais.
E antes que as primeiras medalhas sejam distribuídas, a partir deste sábado, 27, vem sempre a pergunta dos fãs antes de toda a Olimpíada: quantas medalhas o Brasil vai ganhar? Será que teremos nossa melhor participação da história, superando os 21 pódios de Tóquio 2020 e os sete ouros das últimas duas edições?
O Bolha Olímpica analisou as chances de todos os brasileiros que competirão em Paris e projetou que, em parte, sim, deveremos ter a melhor campanha da história. O estudo projeta 6 ouros, 8 pratas e 9 bronzes, em um total de 23 pódios.
O resultado seria o melhor da história do País em total de conquistas, mas não em ouros. Os favoritos à medalha dourada, segundo o Bolha Olímpica, são:
1) Rayssa Leal, no skate street: não parou de colecionar títulos neste ciclo olímpico. Em 2022, foi campeã da Street League (SLS). Ganhou o mundial do mesmo ano — disputado em fevereiro de 2023. Já em 2024, faturou o pré-olímpico de Xangai e a etapa de San Diego da SLS.
2) Gabriel Medina, no surfe: foi tricampeão mundial em 2021 e é especialista nas ondas gigantes do Taiti, onde a modalidade sediará as competições olímpicas. Medina já venceu as etapas da WSL na Polinésia Francesa duas vezes e foi vice em outras quatro, a última delas, ano passado.
3) Mayra Aguiar, no judô: foi tricampeã mundial da classe meio-pesado (até 78kg) em 2022. Ganhou ainda o Grand Slam de Tóquio, no ano seguinte. Focou toda a sua preparação em chegar ao sonhado ouro em Paris, após três bronzes seguidos nas últimas Olimpíadas. Para isso, adotou a estratégia arriscada de não disputar os mundiais de 2023 e 2024, a fim de evitar lesões.
4) Rebeca Andrade, no salto da ginástica artística: foi bicampeã mundial no aparelho em 2021 e 2023 — a última delas, batendo até a norte-americana Simone Biles, mito da modalidade. A brasileira treinou um salto novo para Paris 2024, com uma tripla pirueta. Isso eleva o grau de dificuldade da apresentação dela, aumentando suas chances de título.
5) Beatriz Ferreira, no boxe: teve um ciclo olímpico quase perfeito - foi bicampeã mundial em 2023, entrou para o boxe profissional e já tem um cinturão de melhor do mundo. Após a Olimpíada de Tóquio, a baiana só perdeu uma luta: a final do Mundial de 2022, para uma norte-americana que não estará em Paris.
6) Duda/Ana Patrícia, no vôlei de praia: líderes do ranking mundial, a dupla venceu cinco etapas Elite 16 — as principais — do Circuito Mundial em 2023. Foram campeãs mundiais em 2022 e vice no ano seguinte. Em 2024, mesmo caindo de produção — o que tem assustado os vôlei fãs —, venceram o Elite 16 de Brasília.
Veja a lista dos atletas projetados para conquistarem medalhas de prata e bronze na página do Bolha Olímpica.
Como a gente avisou na semana passada, a participação cearense na Olimpíada de Paris começaria ontem, com Adriana Doce no handebol feminino. Ela jogou alguns minutos e anotou um gol na fantástica vitória do Brasil sobre a Espanha, por 29 x 18. A expectativa é a de que ele passe mais tempo em quadra nos próximos jogos. Neste domingo, 28, às 4h, as Leoas fazem o segundo jogo da 1ª fase, contra a Hungria.
Outro cearense em Paris, Thiago Monteiro conheceu ontem seus rivais na 1ª rodada do tênis. No torneio de simples, ele terá uma parada dura contra o argentino Sebastian Baez, 18º do mundo. Nas duplas, ele e Thiago Wild vão encarar Alexander Bublik/Aleksandr Nedovyesov, do Cazaquistão. A data e o horário dos jogos ainda não foram agendados, mas há grandes chances de, pelo menos, um deles ser já neste domingo.
Os dois cearenses triatletas estreiam na próxima semana em Paris: na terça, 30, Manoel Messias disputa a prova masculina, às 3h da manhã. No dia seguinte, no mesmo horário, é a vez de Vittória Lopes encarar a competição feminina. Olho vivo em ambos, que chegaram a ser 3º e 6º em etapas do Championship Series neste ciclo olímpico, respectivamente.