Os inúmeros transtornos provocados pela pandemia do coronavírus são sentidos por toda a população mundial, seja do mais rico ao mais pobre, das pequenas a grandes empresas, dos maiores aos menores países. Uma boa dose de sacrifício individual se impõe a cada um, dos pequenos aos grandes atos.
Símbolo de humanidade, os jogos olímpicos sempre foram um sinal de tolerância e esperança em tempos difíceis. Na Grécia antiga, o evento paralisava até mesmo as guerras, levando mensagem de união.
>Com aglomeração de pessoas, Tóquio recebe a chama olímpica
Eis que é justamente a tradição milenar de boas lições dos jogos que é posta em dúvida, frente a uma posição extremamente contraditória do Comitê Olímpico Internacional. O que antes parecia uma pequena teima em não submeter o evento a sacríficios, agora incomoda a todos e parece uma provocação.
A manutenção do rito dos jogos é uma afronta a um planeta que vive duros dias. Causa espanto ver momentos como acendimento da tocha olímpica e a caminhada rumo à sede dos jogos, no caso o Japão, sendo continuados. Uma enorme forçação de barra, da qual o espírito olímpico se encontra muito distante, e somente a organização parece ver graça nesta altura do campeonato.
O que podemos fazer é conclamar organizações como a ONU e OMS a se manifestarem sobre este descalabro. Até o momento, falei apenas do drama geral implicado nesta teimosia, mas os atletas também vivem situações complicadas. Muitos deles sequer conquistaram índices olímpicos e se encontram prejudicados pela falta de eventos.
Que alguém socorra o esporte!