Transnordestina avança à toda velocidade, diz Marquise Infraestrutura
Na próxima sexta-feira, 18, o presidente Lula assinará ato liberando mais R$ 1,4 bilhão para a continuidade das obras da ferrovia
Há algo de bom acontecendo na infraestrutura de transporte do Ceará, e não é pouca coisa. Para começar, a Transnordestina, uma moderna estrada de ferro de bitola larga que a iniciativa privada – leia-se Transnordestina Logística S/A (TLSA), empresa controlada pelo Grupo CSN, liderada pelo empresário Benjamin Steinbruch – está a construir, agora na velocidade do frevo, graças à parceria valiosa do Governo Federal, ou seja, graças aos recursos oriundos de fundos públicos destinados ao desenvolvimento do Nordeste, como o Finor (Fundo de Investimentos do Nordeste) e do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), administrados em conjunto pela Sudene e pelo BNB. Na próxima sexta-feira, 18, depois de amanhã, o presidente Lula estará em Fortaleza para liberar mais R$ 1,4 bilhão para a continuidade das obras.
“Trata-se do maior projeto de infraestrutura em execução, hoje, no país”, faz questão de dizer o presidente da Transnordestina, Tufi Daher, que se refere, também, ao fato de que as obras “absorvem mão de obra de todo o interior do Ceará, gerando renda para a população e movimentando a economia do estado”.
No atual governo do presidente Lula, os serviços de implantação da Transnordestina ganharam um ritmo intenso, a ponto de a TLSA prometer que, em 2027, seus primeiros trens circularão pelos 1.200 quilômetros da ferrovia, ligando as regiões da agropecuária do Sudeste do Piauí, do Nordeste da Bahia e do Oeste de Pernambuco ao Porto do Pecém. Neste momento, as obras da Transnordestina avançam a todo pano pela geografia do estado do Ceará, que será um dos mais beneficiados pelo projeto.
Esse empreendimento, que já consumiu algo perto de R$ 8 bilhões e consumirá mais R$ 5 bilhões até ficar concluído, terá não apenas um objetivo econômico. A sua concretização trará uma transformação extraordinária para a população da região beneficiada, com geração de emprego e renda. Ela carregará “seus sonhos, suas necessidades e suas esperanças”, como poeticamente diz o engenheiro Renan Carvalho, presidente da Marquise Infraestrutura, empresa do Grupo Marquise que implanta todos os trechos da Transnordestina na geografia do estado do Ceará.
Na opinião de Renan Carvalho, a obra da Ferrovia Transnordestina será um marco da logística do Nordeste, “que se dividirá em antes e depois dela”. Carvalho revelou que a Marquise Infraestrutura está mobilizando seu melhor time de engenheiros, técnicos e operadores de máquinas e equipamentos na implantação da parte mais desafiadora do empreendimento: a terraplenagem, a abertura de túneis, a construção de pontes, viadutos e obras de arte especiais, a escavação, carga e transporte de rochas e a drenagem de toda a faixa de domínio da estrada de ferro, “e tudo isto é de competência da Marquise Infraestrutura”, que executou as obras de ampliação do Porto do Pecém, a construção de aeroportos, importantes barragens, BRTs, além de ser responsável pela obra do Dissal (a usina de dessalinização da Praia do Futuro, em Fortaleza).
“Se depender da nossa capacidade técnica e do nosso esforço, a ferrovia estará concluída no prazo que a Transnordestina Logística estabeleceu para o presidente Lula, disse Renan Carvalho com o entusiasmo de quem comanda um exército de centenas de homens e máquinas cujo objetivo é voltado para o cronograma estabelecido pela empresa contratante diante do presidente da República.
Mas há outra obra federal que também segue avançando no Ceará na velocidade do xaxado – a do Ramal do Salgado, empreendimento derradeiro e de suma importância para a conclusão do Projeto São Francisco de Integração de Bacias.
Idealizado por um grupo de agropecuaristas cearenses, com total apoio da Faec, da Fiec e do então governador Camilo Santana, esse ramal, que por ordem do presidente Lula também foi incluída entre as prioridades do seu governo, reduzirá em 150 quilômetros a viagem das águas do rio São Francisco até o açude Castanhão. No fim do próximo ano, ou um pouco antes, essa obra estará concluída, marcando mais uma vitória da engenharia nordestina.
Como toda grande obra - pública ou privada – as duas acima citadas enfrentam percalços, pequenos ou grandes, como a falta de mão de obra, que está sendo vencida pela competência das empreiteiras que as executam. Por isto, o cearense deve seguir sonhando com os trens da Transnordestina e com as águas do Ramal do Salgado.
Veja também