SRH projeta barragem de 1 bilhão de m³ no rio Coreaú

A barragem seria também, em médio prazo, ponto de ligação de um imaginado Canal de Integração, que ligaria o rio Parnaíba a Currais Novo, em Caucaia. E mais: 1) Um Pacto para Aceleração de Empresas; 2) Cialdini transforma Lei em livro

Legenda: Vista do rio Coreaú, nas imediações da cidade de Granja, a montante da qual a SRH projeta a construção de uma grande barragem
Foto: Mateus Ferreira

Exclusivo! Uma fonte ligada ao Governo do Estado revelou a esta coluna que a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) está projetando a construção de um açude no rio Coreaú, na geografia de Granja, mas à montante de sua sede municipal. 

O reservatório terá capacidade aproximada de 1 bilhão de m³ e múltiplas finalidades, entre as quais o controle das cheias do Coreaú. 

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Do ponto de vista socioeconômico, essa estratégica barragem, ainda sem denominação, garantirá água para o efetivo funcionamento do Projeto de Irrigação Baixo Acaraú, devendo ser, também, no médio prazo, ponto de ligação de um imaginado Canal de Integração que, desde a foz do rio Parnaíba, no vizinho Piauí, transportaria água até a barragem de Sítio Novos, em Caucaia, com o que estaria garantido o abastecimento de todo o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, incluindo os projetos do Hub de Hidrogênio Verde.

A mesma fonte adiantou que as águas do Coreaú e de seus afluentes, que hoje são despejadas no oceano, como acontece neste momento, serão acumuladas no futuro açude. 

Por sua vez, o delineado Canal de Integração teria início à montante da foz do Parnaíba – um rio perene – captando-se dele algo como 50 metros cúbicos por segundo, volume que não causaria qualquer dano ao seu belo delta. 

A propósito do Projeto de Irrigação Baixo Acaraú: sua primeira etapa tem 8.463 hectares, dos quais 7.776 hectares estão distribuídos em 478 lotes ocupados por pequenos irrigantes. Técnicos agrícolas ou agrônomos produzem alimentos em 832 hectares divididos em 52 lotes; e empresários ocupam 3.120 hectares repartidos em 39 lotes. 

Produzem-se na área da primeira etapa banana, abacaxi, melancia, melão, mamão, maracujá, milho, abóbora, caju e sua amêndoa, manga, graviola, coco, goiaba, sapoti, mandioca, feijão verde, laranja e acerola – segundo informa uma apresentação em PowerPoint elaborado pelo Dnocs, que administra o perímetro. 

Essa apresentação está disponível na internet.

Os serviços da segunda etapa do Baixo Acaraú estão sendo ainda executados e, como acontece com todas as obras públicas, enfrentam atraso. 

Pouco mais de 50% dos serviços de infraestrutura, incluindo o canal principal, já foram feitos.

As fotos que ilustram a apresentação mostram a boa qualidade do canal principal, dos canais secundários, da Estação de Bombeamento e dos equipamentos hidráulicos nela instalados. 

FRED PINHO CRIA PACTO DE ACELERAÇÃO DE EMPRESAS

Está chegando o Pacto de Aceleração das Empresas Cearenses (Paec), que se prepara para atuar no estado por meio do associativismo e da aproximação entre empresários e entidades empresariais. 

De acordo com o seu criador, empresário Fred Pinho, o Paec tem o objetivo de potencializar o crescimento de pequenos e médios negócios, para o que unirá empresas cearenses com Alto Potencial de Crescimento (APCs), as quais poderão gerar mais emprego e renda, incentivando o desenvolvimento econômico do estado.

"O Paec veio para preencher uma lacuna no ambiente empresarial do Ceará. Muitos ainda são os empresários que estão isolados em suas empresas e por isso nós já estamos iniciando uma extensa agenda de entendimentos junto às entidades empresariais e instituições governamentais para fazer do PAEC um verdadeiro Pacto de Aceleração das empresas e da economia cearense", explica Fred Pinho.

Ele informa que, ao longo deste ano, as ações do PAEC percorrerão três municípios cearenses, além da capital.

LEI DA RESPONSABILIDADE FISCAL EM LIVRO

Já está à venda nos principais portais do país, incluindo os da Amazon, Almedina e Saraiva, o livro “A Trajetória da Lei de Responsabilidade Fiscal”, de autoria do economista cearense Alexandre Sobreira Cialdini.

É produto de uma profunda e meticulosa pesquisa junto aos documentos oficiais dos Centros de Documentação da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e da FGV de SP.

“Na dimensão quantitativa, criamos um conjunto de indicadores para análise econométrica robusta, que apresentou diferenciais entre estados que lograram uma trajetória de equilíbrio fiscal e passaram melhor pela pandemia, como é o caso do Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e, também, Alagoas, que, nos últimos oito anos últimos, estabeleceu uma trajetória de equilíbrio”, como explica Cialdini.