Serasa apura que gasto com automóvel é a 2ª maior despesa do brasileiro

Segundo a pesquisa, em 63% dos lares, os custos com os veículos são a segunda maior despesa do orçamento das famílias, atrás de alimentação (72%) e à frente de despesas com contas básicas (57%);

Legenda: As despesas com a manutenção do automóvel está custando cara ao bolso do brasileiro
Foto: Thiago Gadelha / Diário do Nordeste

Em mensagem transmitida a esta coluna, informa a Serasa que, para mensurar o impacto dos automóveis dentro do orçamento familiar e oferecer soluções que ajudem a saúde financeira dos brasileiros, ela encomendou uma pesquisa inédita que ajuda a decifrar o envolvimento peculiar entre a população e os carros. 

O levantamento reforça também como o pagamento parcelado do IPVA, um dos principais custos veiculares do ano, pode colaborar positivamente para aliviar o impacto no orçamento das famílias. 

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Realizado em parceria com o Instituto Opinion Box, o estudo “A Relação do Brasileiro com o Automóvel” revela que dois a cada 10 proprietários ainda não se planejaram para pagar o IPVA 2023, cujo calendário já está correndo desde dezembro.  
 
Cobrado anualmente, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores corresponde ao valor que deve ser pago por todos os proprietários de veículos, como carros de passeio, motos, ônibus, caminhões e outros. O cálculo depende do modelo e do ano de fabricação do veículo, variando de acordo com o estado em que o bem está registrado e com a Tabela FIPE.

“Mesmo sendo uma despesa recorrente e sempre na mesma época do ano, o valor ainda pega os motoristas de surpresa”, observa Laís Gabriel, especialista da Serasa. 

“Nesse cenário, o planejamento financeiro é imprescindível para conseguir estimar os gastos e, quem sabe, investir no pagamento à vista no ano seguinte”, complementa ela. 
 
O levantamento realizado com 2.067 entrevistados entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2022 avalia os impactos dos veículos no bolso do motorista e da família, além de tentar decifrar as tendências de mercado e as relações comportamentais que envolvem o brasileiro e o carro. 

Eis as principais constatações da pesquisa: 
 
Em 63% dos lares, os custos com os veículos são a segunda maior despesa do orçamento, atrás de alimentação (72%) e à frente de despesas com contas básicas (57%); 
 
O modelo de trabalho home office ou híbrido, gerado pela pandemia, alterou o uso do carro para pelo menos 48% dos brasileiros; 
 
Entre as funções mais usuais do automóvel para os brasileiros, estão: passeios em fins de semana, compras e tarefas, diárias, locomoção para trabalho ou local de estudo;  
 
A organização financeira ainda aparece como uma questão de conflito para os motoristas: 40% consideram complexo fazer os cálculos para manter um veículo e 32% admitem gastar mais que o planejado;  
 
Entre os motivos para o incremento dos valores, considerando o momento de pandemia e os cenários enfrentados, encontra-se o aumento dos gastos com combustíveis, relatado por 48% dos entrevistados. Em contrapartida, para quem diminuiu o uso em relação ao período pré-pandêmico, os novos formatos de trabalho implementados, como o home office (26%) e o modelo híbrido (22%), aparecem como os principais fatores. 
 
Em busca de saídas para amenizar impactos no orçamento, pelo menos 1 em cada 10 proprietários projeta se desfazer do veículo nos próximos 12 meses, renunciando ao carro ainda em 2023. 
 
E 23% dos motoristas passaram a usar o veículo, depois da pandemia, como forma de rendimento e ferramenta de trabalho, apostando em serviços de transporte via aplicativo, de entregas ou novas atividades.