Na próxima quinta-feira, dia 28, será divulgado o IPCA de dezembro. Trata-se do índice do IBGE que mede a inflação oficial do país.
Enquanto o mercado estima uma alta de 0,29%, os economistas do Bradesco apostam em 0,24%, citando que o setor industrial e o de serviços devem apresentar desaceleração.
Para os economistas do Itaú, a inflação de dezembro descerá do 0,33%, registrado em novembro, para 0,27%, por causa dos descontos da black-friday.
Parece haver um consenso segundo o qual a inflação deste ano de 2023 fechará em 4,6%.
Também será divulgado na mesma quinta-feira, ou seja, depois de amanhã, o Cadastro Geral dos Desempregados, o Caged, que deverá vir com boa notícia – a criação de, no mínimo, 160 mil novos empregos durante o mês de novembro.
Hoje, terça-feira, dia 26, o Banco Central divulgará seu Boletim Focus sobre inflação, Taxa Selic, Câmbio e PIB. Esse relatório é semanalmente elaborado pelo Banco Central com base nas opiniões de 100 economistas das instituições financeiras do país.
Amanhã, sairá o relatório da Secretaria do Tesouro Nacional sobre a Dívida Pública.
Nos próximos dias, as atenções do mercado estarão voltadas para a fase de elaboração das leis complementares da Reforma Tributária, e este será um trabalho árduo e complicado dos senadores e deputados, pois eles serão pressionados pelos poderosos lobbies da indústria, da agropecuária e dos setores de serviços privados da saúde e da educação.
Esses poderosos lobbies pressionarão o Congresso por isenções fiscais. O Governo, porém, usará toda a sua força para evitar perda de arrecadação tributária.
O Banco Safra distribuiu na sexta-feira passada um relatório em que faz previsões para a economia brasileira em 2024. E são boas essas previsões.
Na estimativa dos economistas do Banco Safra, o PIB em 2024 fechará em 2,5%, tirando proveito da inflação em baixa, do aumento da renda das famílias e do aumento das exportações. Mas alerta que o fenômeno El Niño pode reduzir a produção da agropecuária no Norte e no Centro-Oeste.
O relatório do Safra também diz que a boa performance da economia brasileira em 2024 deverá aumentar a receita tributária do governo.
A propósito: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada na sexta-feira passada pelo Congresso Nacional, estima que o Tesouro Nacional, por meio de isenções e incentivos fiscais, deixará de arrecadar R$ 523 bilhões.
Assim, fica difícil zerar o déficit do Orçamento em 2024.