Para o mundo da economia, esta primeira semana de 2024 começará logo mais às 8h30, quando o Banco Central divulgará o seu semanal Relatório Focus, que trará as previsões dos 100 economistas dos grandes bancos e instituições financeiras sobre a inflação, o PIB, a taxa de juros Selic e o câmbio.
Em seguida, por volta das 10 horas, sairá o resultado da balança comercial de dezembro e, também, o de todo o ano de 2023. A previsão é de que 2023 tenha fechado com um superávit acima de US$ 90 bilhões entre exportações e importações.
Hoje, tomarão posse dois novos diretores do Banco Central, nomeados em dezembro passado pelo presidente Lula. Rodrigo Alves Teixeira tomará posse da diretoria de Administração, enquanto Paulo Piccheti assumirá a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.
Mas todas as atenções estarão voltadas nesta semana para os Estados Unidos, onde uma agenda de eventos dará o rumo para a economia mundial.
Por exemplo: amanhã, quarta-feira, será divulgada a ata da última reunião do Fomc, que é o Copom do Federal Reserve, que é o Banco Central dos Estados Unidos. Nessa reunião, foi decidida a manutenção da atual taxa de juros da economia norte-americana, o que foi interpretado como um sinal de que se concluiu a fase de aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, o que é uma boa notícia para os chamados países emergentes, como o Brasil.
Ora, se os juros nos Estados Unidos caem, os investidores, que fazem apostas diárias no mercado financeiro mundial, passam a aplicar seu dinheiro nos mercados onde a taxa de juros é mais alta. E os juros no Brasil continuam altos – 11,75% ao ano – enquanto nos Estados Unidos eles estão estacionados em torno de 5% ao ano.
Aqui no Brasil, está valendo, desde ontem, o novo salário-mínimo, cujo valor foi aumentado em 6,97%, passando de R$ 1.320,00 para R$ 1.412,00, o que beneficia diretamente 59,3 milhões de trabalhadores com Carteira assinada, de acordo com o Dieese. O novo salário-mínimo, segundo o mesmo Dieese, aumentará a renda dos trabalhadores em R$ 69,9 bilhões.
Mas o novo salário-mínimo será um problema para muitas prefeituras, que não têm receita para encarar essa despesa. Por enquanto, porém, não há registro de protesto por parte dos prefeitos desses municípios mais pobres.
O novo salário-mínimo terá efeito, ainda, nas despesas do Governo Federal. O orçamento da Previdência Social, por exemplo, será elevado em mais 35% neste ano. Cada R$ 1 a mais no valor do salário-mínimo significa um aumento de R$ 389 milhões nos proventos de um aposentado do INSS.