Região Nordeste e sua energia limpa garantem abastecimento do Sudeste

O próprio Operador Nacional do Sistema Elétrico reconhece que os parques nordestinos de geração de energia eólica e solar fotovoltaica são essa garantia

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(Atualizado às 17:02)
Legenda: Os parques nordestinos de geração de energia eólica, como o da foto, e solar fotovoltaica garantem energia no Sudeste, Norte e Centro Oeste
Foto: Tuno Vieira

Acredite, que é vero! A região Nordeste está garantindo o abastecimento de energia elétrica às regiões Sudeste, Centro Oeste e Norte do país. Tanto é verdade, que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou nesta terça-feira que no sentido Nordeste-Sudeste-Centro Oeste, houve um acrescido de 12% nesse fornecimento, saindo dos atuais 11.600 MW para 13 mil MW.

Como assunto é técnico, esta coluna optou por publicar na íntegra a mensagem que recebeu do NOS, cujo texto é o se segue:  

“O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Marcio Rea, anunciou que foram ampliados os limites de intercâmbio no subsistema Nordeste em direção ao Sudeste/Centro-Oeste e ao Norte, aumentando assim o aproveitamento da geração eólica e solar e, consequentemente, reduzindo as restrições de geração dessas fontes. No primeiro caso, no sentido Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste, o acréscimo será de cerca de 12%, com os índices saindo dos atuais 11.600 MW para 13.000 MW.   

“Já a carga exportada do Nordeste para o Norte poderá ser aumentada em quase 30%, avançando do patamar de 4.800 MW para 6.200 MW. Na prática, esses acréscimos vão representar a ampliação do aproveitamento da produção da energia produzida pelo vento e pelo sol, voltando a volumes de escoamento anteriores à ocorrência de 15 de agosto de 2023, com segurança e confiabilidade.   

“A ampliação do intercâmbio de energia entre as regiões foi viabilizada após ser autorizada na quarta-feira, dia 16 de outubro, a entrada em operação no Sistema Interligado Nacional (SIN) de uma subestação e três novas linhas de transmissão de 500 kV: SE 500/230 kV Pacatuba, LTs Pecém II/Pacatuba C, Fortaleza II/Pacatuba C e Pacatuba/Jaguaruana II C” (todas no Ceará).  

“A ampliação das linhas de transmissão está em linha com a estratégia de aumentar a transferência de energia do Nordeste, maior produtor de energia limpa do País, para os demais subsistemas, em particular para o centro de carga que é o Sudeste. É uma situação na qual todos ganham. O SIN ganha em termos de segurança energética e a sociedade se beneficia ao ter um sistema elétrico mais eficiente, em constante evolução e cada vez mais sustentado por fontes renováveis, contribuindo ainda mais com a transição energética, uma das agendas prioritárias do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira”, afirma Marcio Rea, diretor-geral do ONS.   

“Além dos ativos no Ceará, tem mais um na Bahia previsto para entrar em operação no final deste mês de outubro, ampliando ainda mais a capacidade de escoamento de energia do Nordeste para Sudeste/Centro-Oeste. É a linha de transmissão em 500 kV Olindina – Sapeaçu, passando os limites de transmissão dos atuais 13.000 MW para 13.800 MW.   

“Todos os empreendimentos que entraram em atividade compuseram o Lote 03 e Lote 07 do Leilão de Transmissão nº 02 de 2018.  

“Melhoria dos processos 

“A ampliação do escoamento de energia entre as regiões que compõem o sistema de transmissão é uma importante medida para a minimização das restrições de geração. As novas linhas de transmissão são uma etapa a mais no equacionamento dessa questão, assim como a revisão da metodologia para definição dos cortes, anunciada pelo ONS em setembro.   

Desde então, as decisões de restrição não se baseiam apenas no fator de sensibilidade – o impacto daquela restrição na redução de carregamento no ativo de transmissão (linhas de transmissão e/ou transformadores) sob análise na região, com o Operador considerando também um conjunto maior de geradores agrupados em função do impacto semelhante no fluxo de potência que precisa ser controlado.”

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