Empresários da indústria e da agropecuária reuniram-se ontem com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, com quem conversaram durante 90 minutos acerca dos temas que envolvem os setores da economia primária do Ceará, incluindo os avanços tecnológicos na fruticultura, na área do cultivo protegido, na cotonicultura, na carcinicultura e na floricultura.
O parlamentar impressionou-se com o que ouviu, disse que acompanha com interesse esses progressos, algo pelo qual – revelou ele – o governador Elmano de Freitas também se interessa (os dois são aliados e conversam com frequência).
Leitão, que aposta no êxito da gestão do governador, não teve dúvida ao fazer a previsão de que o futuro do Ceará não está somente na indústria da produção do Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém e na geração das energias renováveis, mas também no agronegócio, em cujo desenvolvimento o setor privado vem investindo há mais de 20 anos, principalmente na importação e no uso de alta tecnologia.
“Consequência desses investimentos é a posição que o Ceará alcançou hoje de maior produtor e exportador mundial de melão e de maior produtor de camarão do país”, como disse ao deputado Evandro Leitão o empresário Edson Brok, maior exportador brasileiro de banana (toda a sua produção destina-se ao mercado europeu).
Evandro Leitão declarou-se bem-informado do que se passa em todas as áreas da agropecuária e da agroindústria do Ceará e previu uma boa e estreita relação das lideranças do setor com o Poder Legislativo sob sua presidência e, também, com o Poder Executivo, assegurando que tanto ele quanto o governador Elmano de Freitas estão comprometidos com o progresso social e econômico do estado.
Ele ouviu o que chamou de “boas notícias” a respeito do projeto de recuperação e retomada da cotonicultura do Ceará, que, com investimento privado e apoiado pela melhor tecnologia da Embrapa, se expande na Chapada do Apodi e em áreas do Sertão Central e da região do Cariri.
Na Chapada do Apodi, por exemplo, a produtividade dos algodoais é semelhante à que se registra na região de Luiz Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, o que também acontece nas áreas plantadas de soja.
Tudo isso é produto do casamento da tecnologia com o solo e o clima daquela região cearense, onde também progride a pecuária leiteira, que avança graças à produção e à silagem de “volumosos” – capim, sorgo, milho e palma forrageira, obtidos em sequeiro e por meio da irrigação.
O que chamou a atenção do presidente da Assembleia Legislativa e o deixou entusiasmado foram as informações de que uma nova fronteira agrícola se abriu no Ceará – a do cultivo protegido.
Evandro Leitão também se revelou bem-informado a respeito, mas surpreendeu-se com os números que revelam o rápido crescimento dessa atividade na Chapada da Ibiapaba, onde já ocupa uma área de quase 400 hectares produzindo variadas hortaliças sob estufas, incluindo tomate e pimentão colorido comercializado nas grandes redes supermercadistas do país.
Foi-lhe revelado, também, que, neste ano, o governo do estado implantará em Barbalha, no Sul cearense, com o apoio de uma universidade holandesa, o Centro de Excelência em Tecnologias de Cultivo Protegido, equipamento que será reproduzido, também, na Ibiapaba e na Chapada do Apodi, conforme revelou o secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro.
Quando a reunião foi encerrada, e muito satisfeito com o que ouviu, o deputado Evandro Leitão renovou seu apelo no sentido de que os empresários da agricultura, da pecuária e da agroindústria presentes, “grandes empregadores de mão de obra”, como fez questão de dizer, considerem o Poder Legislativo um aliado do esforço que desempenha o setor privado pelo desenvolvimento socioeconômico do Ceará.