ONU reconhece liderança do Brasil na agricultura

Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudança do Clima reconheceu o agronegócio do Brasil como “uma peça importante no tabuleiro global dos impactos das mudanças climáticas”. Leia também: Sem crédito, produtor corre ao agiota rural

Foi a revista Forbes, e não um veículo da chamada grande mídia brasileira, que divulgou, nesta semana, que o último relatório do secretariado da Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudança do Clima reconheceu o agronegócio do Brasil como “uma peça importante no tabuleiro global dos impactos das mudanças climáticas e pode contribuir para salvar o planeta”.

De acordo com a Forbes, “a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), a agricultura de precisão e a tecnologia baseada em ciência já levaram o Brasil a ser um dos maiores exportadores globais de commodities”. 

O relatório destaca que a produtividade brasileira aumentou 386% e a área agrícola apenas 83%. Isso significa a preservação de 120 milhões de hectares de floresta. 

“A chave para isso foi o investimento do Brasil em políticas públicas relevantes e tecnologia de base científica”, diz o texto, ressaltando a promoção da agricultura, baseada na intensificação sustentável, na inovação tecnológica, na adaptação às mudanças climáticas e na conservação dos recursos naturais.

Bem, finalmente, um organismo da ONU torna público, para o conhecimento do mundo, que a liderança da agricultura brasileira. 

Publicação mundial, a Forbes dá divulgação planetária a esse relatório, que é, digamos assim, uma espécie de Selo ISO 14001 de Qualidade conferido ao setor primário da economia do Brasil.
 
Pouca gente aqui sabe que a mais moderna e avançada tecnologia agrícola de que dispõe o mundo é utilizada pelas grandes, médias e até pequenas empresas do agronegócio brasileiro, e grande parte dela produto das pesquisas dos vários núcleos de inteligência da Embrapa, incluída entre as maiores empresas mundiais de pesquisas agropecuárias.

No Centro-Oeste, por exemplo, já operam colheitadeiras e tratores autônomos, que dispensam operadores, pois são guiados por sensores.
 
Nos canaviais paulistas, não existe mais o trabalho humilhante do corte da cana pela mão humana, que causava recordes anuais de acidentes de trabalho – os operários eram picados por cobras e se feriam constantemente com suas próprias foices. Ele, agora, é executado por máquinas automáticas.

O trabalho humano que deixou de existir em alguns setores do agro, por causa de sua modernização tecnológica, foi deslocado para outras áreas.
 
No ano passado de 2020, a agropecuária brasileira criou 61.637 vagas de trabalho de janeiro a dezembro, o melhor desempenho desde 2011, quando o saldo de geração de empregos formais foi de 85.585 mil vagas.

Tudo isso vale para o Nordeste e, especificamente, para o Ceará. A agricultura e a pecuária modernizaram-se, também, nesta região do país.
 
Três exemplos bairristas que o provam:

A Betânia Lácteos, líder do mercado nordestino de lacticínios, tem um parque industrial de Primeiro Mundo, produzindo com alta tecnologia diferentes produtos consumidos pelos nordestinos.

A Agrícola Famosa, maior produtora e exportadora mundial de melão e melancia, e a Itaueira Agropecuária, que atua no mesmo segmento, investem permanentemente em tecnologia de correção do solo e na importação de novas variedades de sementes.

É de um empresário cearense, Cristiano Maia, a maior fazenda brasileira de criação intensiva de camarão em viveiros. Ao lado dela, há um moderno laboratório operado por especialistas brasileiros e estrangeiros, que, entre outras coisas, descobriram a melhor e mais rápida tecnologia para o enfrentamento da “mancha branca”, o pior inimigo da carcinicultura. 

A empresa de Cristiano Maia, a Samaria Camarões, investiu, ela mesma, no desenvolvimento das pesquisas cujo êxito reduziu ao mínimo as perdas causadas pela doença da “mancha branca”. 

O agro brasileiro não chegou por acaso à posição de liderança mundial em que se encontra hoje, tudo foi consequência de longas pesquisas – a Embrapa na frente e por trás delas – e, principalmente, do investimento privado.
 
Foi essa parceria que transformou o estéril cerrado brasileiro na região de maior e melhor performance da agropecuária do mundo. Todo o aplauso que se der ao agro brasileiro será pouco.

SEM CRÉDITO OFICIAL, PRODUTOR VAI AO AGIOTA RURAL

Em novembro do ano passado, um criador de gado leiteiro, desses cumpridores de seus deveres de cidadão e de contribuinte, com contas em dia, procurou um banco estatal em busca de crédito de custeio para a sua atividade pecuária.
 
Deu entrada nos papeis exigidos pelo estabelecimento bancário do governo, na certeza de que em duas ou três semanas, no máximo, tudo estaria resolvido.

Estamos falando de um caso de um pequeno pecuarista da região do Jaguaribe, onde há um casamento perfeito do produtor com a indústria de beneficiamento do leite.

Estamos em maio e até agora, quase seis meses depois do pedido de empréstimo, o banco estatal não deu uma resposta ao produtor, que está sendo agora assediado pelo que, no sertão, ganhou o nome de “agiotas do leite”, pessoas que emprestam dinheiro em troca de juros altíssimos.

Entendendo a gravidade dessa situação e não entendendo por que tanta burocracia estatal para emprestar dinheiro para o custeio pecuário, o Instituto Luiz Girão, braço social do Grupo Betânia, criou um programa simples de concessão de crédito, para cuja implementação celebrou parceria com o Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo).

Ontem, em Limoeiro do Norte, na sede do Instituto Luiz Girão, sem qualquer burocracia, os primeiros 15 beneficiários do programa acertaram com o Sicredi o financiamento para a compra de 75 novilhas. 

Os produtores terão 24 meses para quitar o financiamento.

M. DIAS BRANCO BUSCA RETOMADA COM LUCRATIVIDADE

Impactada pelas consequências sociais e econômicas da pandemia da Covid-19, a cearense M. Dias Branco enfrentou um complicado primeiro semestre, com quedas expressivas em sua receita líquida e no seu lucro líquido, mas manteve-se na liderança do mercado brasileiro de massas e biscoitos.

A empresa cearense anunciou, no seu relatório sobre os resultados do primeiro trimestre, divulgado ontem após o fechamento das operações da B3, que já colocou em curso “um conjunto de seis medidas para a retomada do crescimento com lucratividade”. São as seguintes:

Onda Verde Piraquê, com aceleração do crescimento e expansão dessa marca nacional, por meio do lançamento de novos produtos;

Novas Parcerias “para aumentar a capilaridade de nossa distribuição”;

Alavancar oportunidades no mercado externo, focando em massas e farinha de trigo para a América Latina e na retomada das vendas de torradas para os EUA;

Produtividade e eficiência, com foco na melhora gradual das margens e retornos;

Otimização do Número de SKUs, reduzindo o número de produtos de biscoitos e massas, reduzindo a complexidade da operação e melhorandoa execução em toda a cadeia;

Adequação do Footprint fabril e logístico, com o fechamento de dois dos 32 Centros de Distribuição;

Redesenho Organizacional, para o que a consultoria Gradus foi contratada.

FARMÁCIAS QUEREM SER POSTOS DE VACINAÇÃO

Esforça-se o presidente da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) para convencer o ministério da Saúde a transformar 5.500 das 8.364 farmácias filiadas à entidade em locais de vacinação contra a Covid-19.
A ideia é ótima, a começar pelo fato de que as lojas de farmácias são, hoje, espaços modernos, arejados, confortáveis, com todas as facilidades para a aplicação de vacinas.

Essa gigantesca rede de farmácias já mostrou do que é capaz nesta pandemia: até o último dia 2 deste mês, ela aplicou 3,003 milhões de testes de Covid-19, dos quais 20,8% deram resultado positivo.

Apesar da quantidade significativa dos testes, o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, revela que os testes de Covid-19 não representaram mais do que 1% do faturamento das farmácias.

Preparando-se para a possibilidade de suas farmácias tornarem-se postos de vacinação, a Abrafarma já desenvolve um aplicativo para smartphone para que a população possa fazer o agendamento em casa, por meio de geolocalização com o CEP, e receber a vacina na farmácia mais próxima.
 
No entanto, tudo depende da aprovação do Ministério da Saúde.

SESI PARANGABA SERÁ POSTO DE VACINAÇÃO

Segunda-feira, 10, a PMF abrirá um novo posto de vacinação contra a Covid-19.

Ele funcionará na unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi-Ceará), no bairro Parangaba.

No local, haverá salas de acolhimento para vacinação, semelhante à estrutura disponibilizada nos quatro Cucas. O público será atendido das 9 às 17 horas, obedecido o prévio agendamento realizado pela PMF.

Para ter acesso ao agendamento é necessário realizar o cadastro na plataforma Saúde Digital https://vacinacaocovid.saude.ce.gov.br da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

VENDA DE AVIÃO AGRÍCOLA SOBE 48% EM 2021

A divisão de aviação agrícola da Embraer alcançou a marca de 37 aviões Ipanema vendidos até o final do mês de abril, o que representa um aumento de 48% em relação às 25 aeronaves comercializadas em todo o ano de 2020. 

A alta acompanha uma tendência de crescimento que vem ocorrendo no setor nos últimos anos. 

Cerca de 90% das aeronaves encomendadas têm as entregas previstas para o segundo semestre deste ano. Com quase 1.500 unidades produzidas ao longo de cinco décadas, o Ipanema ocupa a liderança do segmento com 60% de participação no mercado nacional.

Com o desempenho favorável do agronegócio brasileiro e as inovações tecnológicas incorporadas na nova versão, o Ipanema tem sido um dos principais destaques da agricultura de precisão por combinar alta tecnologia e tradição de um produto que evolui continuamente para atender aos requisitos de alta produtividade e baixo custo operacional.
 
O Ipanema 203, o modelo mais atual da série, é movido a energia renovável (etanol) e conta com aprimoramentos que aumentam a robustez e reduzem as despesas com manutenção ao longo dos anos.

FUTEBOL EUROPEU: CLUBES PERDEM DESCULPAS À UEFA

Em carta à direção da Uefa, nove dos 12 clubes que tentaram organizar uma Superliga Europeia à revelia da principal entidade do futebol europeu, pediram desculpas desculpa aos seus torcedores, às federações-nacionais, aos seus campeonatos nacionais e ao restante dos clubes europeus.

E reconheceram, ainda, que o projeto não seria realizado como mandam os Estatutos e Regulamentos da UEFA.

Os clubes que assinaram a carta de desculpas são Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, da Inglaterra; Milan e Internazionale, da Itália; e Atlético de Madri. 

A UEFA anunciou ontem mesmo que aplicará sanções contra eles, ainda não definidas.



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