Na Ibiapaba, produtor gaúcho planta e colhe soja e milho

São 250 hectares de soja e 350 de milho. No próximo ano, a área será expandida para 1 mil hectares. Ele também planta trigo e batata doce. Mais: 1) Ceará tem "silício verde". Que tal estimula-lo? 2) Dobra exportação cearense de granito; 3) Já opera o Laboratório da Agropecuária

 Acreditem! Numa área de 600 hectares, e com muita discrição, isto é, quase no modo licencioso, um agricultor gaúcho plantou e colherá, nos próximos dias, a primeira safra de milho e de soja cultivada em Ibiapina, na Chapada da Ibiapaba, na divisa do Ceará com o Piauí.

 
São 250 hectares de soja e 350 hectares de milho plantados em regime de sequeiro (sem irrigação, só com água da chuva). 

Além de milho e soja, Leandro Dal Molin Ghisolfi – gaúcho de Tupanci do Sul – plantou oito hectares de trigo, e agora inicia a plantação de batata doce.

Na Ibiapaba, a pluviometria neste ano também ficou um pouco abaixo da média, mas na zona rural de Ibiapina, precisamente na área de carrasco, onde se localiza a fazenda do produtor gaúcho, as chuvas, que se vinham comportando bem, reduziram-se, e, mesmo assim, foram suficientes para garantir a primeira e boa safra de grãos do município, cultivados com sementes selecionadas e de modo tecnificado.
  
Para a próxima safra, porém, o Leandro Ghisolfi já anunciou que sua área plantada será de 1 mil hectares.
 
Ele fará correções no solo para melhorar a produtividade, “mas tudo neste primeiro ano saiu de acordo com o previsto”, ele disse ao presidente do Eproce (Encontro de Produtores Rurais do Ceará), Amílcar Silveira, que o visitou no fim de semana.
 
A produtividade estimada na primeira e experimental safra de soja em Ibiapaba é de 45 a 50 sacas por hectare.
 
No Piauí, onde o cultivo da soja já tem mais de 10 anos, a produtividade é de 55 sacas por hectare; em  Mato Grosso do Sul, de 62,5 sacas.

Resumindo: a soja em Ibiapina tem um futuro promissor.

ENERGIA SOLAR: SUGESTÃO PARA O GOVERNO DO CEARÁ 

Células solares fotovoltaicas, responsáveis por converter os raios do sol em energia elétrica, os “wafers fotovoltaicos” viraram as novas “commodities” da cadeia produtiva de equipamentos para a geração solar.

Produzido de silício enriquecido (matéria prima que existe no solo cearense) o “wafer”, principal insumo para a fabricação dos módulos fotovoltaicos, está variando, diariamente, de preço em dólar, e a culpa é do extraordinário crescimento da demanda mundial.
 
A procura explodiu. A China, maior fabricante de “wafers fotovoltaicos”, está impondo prazos de até 150 dias para a entrega de novas encomendas.
 
“Assim, torna-se muito difícil, hoje, fixar preços para projetos de instalação de módulos solares fotovoltaicos para pequenos ou médios clientes, porque tudo depende da variação dos preços e dos prazos de entrega dos componentes”, como explica o engenheiro Fernando Ximenes, dono da cearense Gram Eollic, que faz instalações de projetos fotovoltaicos em vários estados do país.

Ximenes explica:

“O Brasil ainda não tem plantas de beneficiamento de silício fotovoltaico. E as poucas montadoras brasileiras de módulos fotovoltaicos enfrentam dificuldades, tendo que importar “wafers” pelo preço ditado pelo mercado internacional, e com entregas em até cinco meses, sem contar o tempo logístico de importação. A tendência, então, será o desabastecimento do principal componente, que é o módulo fotovoltaico.”

Ximenes transmite uma sugestão à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet):

“Que tal o Estado do Ceará incentivar o "silício verde” para estimular a instalação, aqui, de unidades industriais de beneficiamento dessa matéria prima extraída das jazidas cearenses, e para permitir, também, a implantação de fábricas de placas fotovoltaicas? Esse incentivo acelerará a extração e o beneficiamento do silício cearense, a produção dos ‘wafer fotovoltaico’ e, assim, atrairemos fábricas de placas solares para o nosso Estado?”

O Ceará já tem empresas instaladoras de painéis solares fotovoltaicos, e uma delas é a Gram Eollic, que também produz peças utilizadas na instalação dos equipamentos.

DOBRA EXPORTAÇÃO DE GRANITO PELO PECÉM

Informa o presidente do Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Ceará, Carlos Rubens Alencar:
 
De janeiro a maio deste ano, o Porto do Pecém dobrou a exportação de rochas ornamentais, principalmente mármores e granitos, em relação ao mesmo período de 2020. 

Foram embarcados para a Europa 807 blocos de mármore e granito, cujo peso somou 22.325 toneladas. O último embarque foi de 9.048 toneladas, o maior já feito em um único navio no Pecém.

No ano passado, de janeiro a maio, foram embarcados no Pecém 402 blocos de mármore e granito, pesando 10.842 toneladas.
No próximo dia 26, haverá um novo embarque de granito cearense para a Marina de Carrara, na Itália, onde estão as grandes indústrias de beneficiamento de rochas ornamentais.

A propósito: está faltando contêiner para a exportação de chapas polidas de granito. No último mês de abril, o equivalente a US$ 1milhão deixou de ser exportado por falta de contêineres.

SUAPE TAMBÉM TERÁ USINA DE HIDROGENIO VERDE

Nas pegadas do Ceará, o governo de Pernambuco iniciará estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a instalação de uma usina de produção de Hidrogênio Verde na área do Porto de Suape.

A Qair Brasil, de capital francês, prometeu ao governo pernambucano que investirá em Suape UDS$ 3,8 bilhões para construir uma usina de Hidrogênio Verde.

Agora, é esperar para ver quem construirá primeiro uma usina de Hidrogênio Verde: se as australianas Enegix Energy e a Fortescue, no Pecém, ou se a Qair Brasil em Suape.

O investimento das empresas australianas no Pecém será três vezes maior do que a da empresa francesa em Suape.

SEM LAVA JATO, O FUTURO PARECE AZUL

No Brasil, para os que, na política ou fora dela, gostam de desviar dinheiro público para o próprio bolso, o futuro próximo promete boas novidades. 

Para começar, a Operação Lava Jato, que lhes ameaçava, foi finalizada por um “mata leão” do STF, em consequência do que estão livres, leves e fagueiros – escrevendo livros, concedendo entrevistas e posando de honestos – todos os grandes envolvidos no que foi o maior escândalo de corrupção da história brasileira.

Eduardo Cunha – lembram-se dele? – já anuncia que, em 2022, será candidato a deputado federal. E, quem sabe, poderá ser eleito outra vez para a presidência da Câmara dos Deputados. Capacidade de mobilização para isso – e experiência comprovada – ele tem de sobra.

Resumindo: o Brasil mudará de novo para que tudo volte a ser como era antes. 

TEREZA CRISTINA ABRE LABORATÍRIO DA AGROPECUÁRIA

Seguindo o modelo da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), que criou e opera o Observatório da Indústria, uma das maiores e melhores plataforma mundial de dados, o Ministério da Agricultura, comandado pela ministra Tereza Cristina, acaba de lançar o Observatório da Agropecuária Brasileira.

Em um único espaço, esse laboratório, instalado em Brasília, reúne mais de 200 bases mapeadas acerca da safra agrícola, da previsão climática, do crédito rural e, ainda, do setor pesqueiro, além de imagens georreferenciais da área rural brasileira.

“Com esta plataforma, não haverá mais desconhecimento em relação à agropecuária brasileira. Aqui está o que é preciso conhecer do Brasil. O setor merece esta plataforma”, ao inaugurar a novidade na semana passada.

De novo, o Ceará deu o bom exemplo, antecipando-se.

TAP TEM PEJUÍZO NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Com sérias dificuldades, a empresa área portuguesa TAP, cujos aviões ligavam com voos diários Fortaleza à Europa, registrou, no primeiro trimestre deste ano, prejuízo de 365 milhões de euros.

De janeiro a março, a taxa de ocupação de passageiros reduziu-se em 21,7% em relação ao mesmo período de 2020.

Mas as receitas doo setor de cargas da TAP cresceu 36%.

A TAP está sob rigoroso processo de enxugamento de custos. Só com pessoal, essa redução alcançou 30%.

 

 



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