Milho: avicultura cearense sempre dependente do humor da Conab

Assim como há na mesma Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet um Programa de Revitalização do Algodão – em ampla e exitosa implementação - deveria haver, também, um para a Revitalização do Milho.

Está, mais uma vez, a avicultura cearense a depender da boa vontade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para ter o milho de que necessita para a ração alimentícia dos seus plantéis. 

Esse milho vem do Centro Oeste, usando uma logística de transporte que quase dobra o seu custo final. 

Por que o Ceará não produz o seu próprio milho? – indaga a coluna ao agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedet). 

“Não compensa, salvo quando irrigado e integrado à agroindústria ou à alimentação animal”, ele responde. 

Nas grandes regiões produtoras, como o Sul (Paraná) e o Centro Oeste (Mato Grosso e Goiás), onde se misturam a água da chuva e a da irrigação, a produtividade alcança 5,5 toneladas de milho por hectare - número da safra de 2018.

No Ceará, cuja produção é em sequeiro (só produz com chuva), essa produtividade é de apenas 820 quilos (dado de 2018). 

Resultado: a avicultura cearense, uma atividade que cresce na velocidade do frevo, manter-se-á dependente dos humores da Conab. 

Ora, assim como há na mesma Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet um Programa de Revitalização do Algodão – em ampla e exitosa implementação - deveria haver, também, um para a Revitalização do Milho. 

As granjas cearenses merecem esse esfirço. Elas já produzem aves e ovos para o seu mercado interno estadual e ainda abastecem, com o excedente, o Rio Grande do Norte, o Piauí, o Maranhão e o Pará.
 
CEMAG

Indústria pioneira no setor, com fábrica em Fortaleza, a Ceará Máquinas Agrícolas (Cemag), fundada e pessoalmente dirigida pelo empresário Carlos Prado, está a celebrar 47 anos de atividades. 

Seus produtos – carretas e caçambas, hidráulicas ou não, com um ou dois eixos, para o transporte de frutas, café, forrageiras e para uso em geral — são utilizados nas diferentes áreas da agricultura e da pecuária e estão hoje em 18 dos 26 estados brasileiros. 

Vale lembrar que Carlos Prado também fundou a Itaueira Agropecuária, que produz frutas, hortaliças, sucos de fruta, mel de abelha e camarão no CE, PI, RN e BA.

Hoje, a Itaueira é comandada pelos seus filhos, o mais jovem dos quais - Tom - é o CEO da empresa.

ESPANHOL

Um empresário espanhol comprou uma fazenda de 300 hectares no vizinho município de Guaiúba, na Região Metropolitana de Fortaleza. 

A propriedade, cujos limites se aproximam da geografia de Palmácia, pertencia ao coronel Francisco Cortês. 

Os espanhóis vão usá-la para engodar 1.500 cabeças de gado bovino para corte – é o que uma fonte da pecuária cearense revelou à coluna.
 
DESCONHECIDO

Uma semana passou e, até agora, nem a Polícia Civil nem a Militar identificou o autor do criminoso incêndio que destruiu três fardos de algodão - cada um com 17 toneladas - na Chapada do Apodi. 

Esse crime provocou prejuízo de R$ 25 mil a um pequeno produtor. Espera ele que as autoridades descubram seus autores.

MARQUISE

Novidade no mercado imobiliário! 

A Marquise Incorporações, uma empresa do Grupo Marquise, está lançando o “Seu Marquise”, promoção que se integra à baixa de juros da Caixa e à decisão de que o imóvel é a garantia do financiamento. 

É por esta e outras razões que a atividade da construção civil dá sinais de crescimento.

Com juros muito baixos, muita gente está tirando dinheiro da poupança para investir em imóveis.



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