Na mesma linha do que esta coluna expressou na edição de sábado passado a respeito da possibilidade de o Supremo Tribunal Federal, rasgando a Constituição, permitir a reeleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o que é vedado (um sinônimo de proibido) pelo parágrafo quarto do Artigo 57 da Carta Magna, o economista Célio Fernando, da empresa cearense BFA Assessoria em Finanças e Negócios, afirma que “os poderes constituídos, em todas as suas esferas, têm oferecido maus exemplos em seus discursos e ações”.
Ele acrescenta para que não haja dúvida sobre o que pensa sobre o assunto, ele acrescenta:
“Uma mudança casuística na Lei Maior poderá levar a sociedade a um abismo de desconfiança nas suas instituições. Somada a ampliação da extrema pobreza e das taxas de desemprego, ter-se-á uma armadilha que poderá vitimar os pilares da democracia e os valores republicanos”.
Célio Fernando pergunta e responde:
“A quem interessa tamanha balbúrdia? As eleições passaram, mas será que o povo consegue perceber que perdeu novamente, diante da continuada farra de alguns grupos de interesse?”
Até ontem à tarde, o placar da sessão virtual do Supremo marcava quatro votos pela (constitucionalmente proibida) reeleição de Rodrigo Maia e David Alcolumbre e três pela (inacreditável) rejeição do recurso em que o PTB – na certeza de que os ministros do STF saberiam distinguir o que é vedado do que é permitido – pede uma sentença que, definitivamente, sepulte a dúvida.
Faltavam três votos, e havia a expectativa de que fosse, afinal, aprovado o parecer do relator, Gilmar Mendes, para quem vedado significa o mesmo que permitido ou autorizado, no que foi seguido por Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes.
Nesse teato do absurdo, um voto chamou a atenção, o do ministro novato Kássio Nunes Marques, que votou pela reeleição, apenas, do senador Alcolumbre. Mais hilário, impossível.
Os que votaram contra, até a tarde, haviam sido Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
No seu voto contra a reeleição, a ministra Rosa Weber disse: "Não pode (o STF) legitimar comportamentos transgressores da própria integridade do ordenamento constitucional".
Traduzindo: ela chamou de transgressores, e com razão, os que desejaram considerar legal o ilegal.
Mas à noite, aos 45 minutos do segundo tempo da prorrogação, os ministros Luiz Roberto Barroso, Edson Fachim e Luiz Fux, presidente do STF, votaram contra a reeleição, salvando a honra da corte, preservando a Constituição e evitando o ridículo. .
SENAI
Liderada pelo seu diretor regional, Paulo André Holanda, um grupo de executivos do Senai-Ceará visitou na última sexta-feira, 4, a fábrica da Têxtil Bezerra de Menezes, uma das grandes empresas de fiação do Ceará.
O time do Senai foi recebido pelo sócio majoritário e CEO da TBM, Ivan Bezerra, que lhe mostrou toda a planta industrial da empresa, que, na opinião de Paulo André Holanda, “é uma indústria 4.0”.
A propósito do Senai-Ceará: a instituição, que integra o Sistema Fiec, celebrou parceria com a Prefeitura de Juazeiro do Norte para a execução de um Projeto Técnico Social, que beneficiará cerca de 900 famílias de baixa renda do Programa Minha Casa Minha Vida, naquela cidade do Sul cearense.
TOMATE
Está de novo no Ceará o agrônomo francês Regis Molenat, um especialista de hortaliças, mais especificamente em tomate.
Ele e seu sócio Edson Brok produzem tomate cereja na Serra da Ibiapaba, cujo solo, na opinião de Molenat, “e dos que, em se plantando, tudo dá”.
SUDENE
Lembram-se da Sudene?
O seu Conselho Deliberativo (Condel para os íntimos), do qual fazem parte todos os governadores do Nordeste, reunir-se-á quarta-feira, 9, em Recife.
Será por vídeo conferência, como manda o protocolo sanitário anti-Covid.
Da pauta, constam as Diretrizes e Prioridades do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) para o exercício de 2021 e, ainda, o Novo Regulamento dos Incentivos Fiscais Administrados pela Sudene.
Há muito tempo, os governadores não comparecem às reuniões presenciais da Sudene. Imaginem por meio virtual.
EMBRAPA
Uniu-se a Embrapa ao Ministério da Agricultura para a realização, amanhã, de um workshop que tratará sobre mercado, pesquisas, conceitos e, ainda, do marco regulatório do segmento de produtos “plant-based” (à base de vegetais) no Brasil.
A demanda por alimentos vegetais cresce no mundo e já movimenta R$ 100 bilhões.
CHUVA
Está perto do fim este triste e trágico 2020, e até agora não há o menor sinal da pré-estação chuvosa, aquela que acontece sempre nesta época antecipa o que chamamos de inverno.
Como esta coluna antecipou, a Funceme promete para até o próximo dia 20 uma previsão técnico-científica.
Eduardo Martins, seu presidente, não falará antes dessa data.