Em primeira mão! A Lacticínios Cambi, do agropecuarista José Antunes Mota, ganhou reforço de capital: Orlando Cavalcante, médio produtor rural com atuação em Mombaça e no Sertão Central do Ceará, tornou-se sócio da empresa, com um percentual não revelado, mas considerado substancial por quem está por dentro da negociação.
Esta coluna tentou ouvir ontem o novo sócio da Cambi, mas não teve êxito em duas tentativas. José Antunes Mota, que se mantém majoritário na sociedade da Cambi, confirmou a informação, mas, de modo muito educado, recusou-se a falar sobre a nova composição do capital de sua indústria, que produz queijos bovinos e caprinos de alta qualidade, requeijões, manteiga Ghee sem lactose, creme de leite fresco, creme de leite sem lactose, manteiga de primeira qualidade, manteiga da terra e nata
José Antunes Mota é presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios do Ceará – o Sindlacticínios, filiado à Federação das Indústrias (Fiec), sendo hoje o grande líder do setor, com forte atuação, também, junto à Federação da Agricultura e Pecuária (Faec).
Antunes negou a notícia – transmitida a esta coluna por uma fonte da área – segundo a qual ele teria arrendado por 5 anos a unidade industrial da Cambi ao agropecuarista Orlando Cavalcante. A mesma fonte adiantou que Cavalcante, agora sócio da empresa, tem planos para ampliar as suas instalações para acrescentar novos produtos ao seu portfólio.
A unidade industrial de lácteos da Cambi está instalada na Fazenda Pirangy, na zona rural do município de Ibaretama. Ela processa, diariamente, 12 mil litros de leite. No seu site, a Cambi – que em tupi-guarani quer dizer leite – exibe as várias premiações que seus queijos já obtiveram.
Mombaça, onde o novo sócio da Cambi desenvolve sua atividade de agropecuarista, é um município cujos produtores rurais, com a ajuda da Prefeitura Municipal, têm investido na agricultura e na pecuária.
O município, que, havia três anos, produzia somente 5 mil litros diários de leite, já produz mais de 60 mil litros/dia. Para isso, os agricultores locais têm sido instruídos a investir na produção de volumosos para silagem (sorgo, milho, palma forrageira) e na compra deles para garantir a alimentação dos rebanhos durante o período de estiagem (o verão).
Além disso, os pecuaristas de Mombaça – quase todos de pequeno porte – passaram a contar com assistência técnica do capítulo cearense do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o que tem contribuído para o desenvolvimento e a modernização da sua pecuária leiteira.