Informa o IBGE: o Brasil registrou, no mês de julho passado, a maior deflação da história.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação oficial do país e que começou a ser medido em 1980 – revelou que os preços caíram 0,68%, ultrapassando as expectativas do mercado, que esperava uma queda de 0,61%.
No mês anterior de junho, a inflação havia subido 0,67%.
A queda da inflação em julho foi motivada pela redução dos preços dos combustíveis: o da gasolina caiu 15,48%; o do etanol, 11,38%.
Também caiu o preço da energia elétrica e das comunicações, o que repercutiu no setor de transportes, que teve queda de 4,51%; no da habitação, que recuou 1,05.
[A queda dos preços da energia elétrica foi de 5,78%, e para isto contribuiu a revisão das tarifas extraordinárias cobradas por 10 distribuidoras e feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Também caíram os preços das roupas, passando de 1,67% em junho para 0,58% em julho, e o motivo aqui foi a queda dos preços do algodão. Vestuário feminino recuou de 2% em junho para 0,41% em julho.
Mas o ítem alimentação e bebidas deu um saldo, principalmente o leite e seus derivados, com destaque o queijo e a manteiga. As frutas também subiram, e subiram bem: 4,40%.
Economistas estão a dizer que os preços dos alimentos e das bebidas continuarão pressionando o IPCA, mas há apostas de que, neste mês de agosto, será possível registrar nova deflação.