Estão sob análise do Ibama, em Brasília, 21 projetos de interesse do Ceará para a geração de energia eólica offshore (dentro do mar), com potência a ser instalada de 53.585 MW (megawatts) ou 53,5 GIW (gigawatts).
Esta informação foi transmitida à coluna pelo secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do governo cearense, engenheiro Maia Júnior. Alguns desses projetos são bancados por grandes empresas, como a gigante francesa Total Energies, a Qair, a Cemig, a Shinzen e a Neoenergias Renováveis.
De acordo com Maia Júnior, a energia a ser produzida por essas futuras usinas será, na sua quase totalidade, consumida pelas empresas que implantarão unidades industriais de produção do Hidrogênio Verde no Hub do Complexo do Pecém.
Se todos os 21 projetos receberem o licenciamento ambiental do Ibama e forem mesmo implantados, o total dos investimentos chegará à casa dos US$ 100 bilhões.
Mas até que isso aconteça passarão alguns anos, pois nem ficou pronto, ainda, o marco regulatório que orientará a construção das usinas eólicas dentro do oceano. Como vai assumir um novo governo e como, em matéria ambiental, o PT é conservador, estima-se que, até o ano de 2030, pelo menos, não haverá parque eólico offshore instalado no Ceará nem em outro estado brasileiro.
Os 21 projetos cearenses que se encontram sob análise do Ibama são os seguintes:
Caucaia, da Bi Energia Ltda, que usará 48 geradores Haliade-X, cada um com capacidade de 12 MW, com potência total de 576 MW;
Jangada, da Neoenergias Renováveis, que terá 200 aerogeradores WTG-15.0246, com potência total de 3 mil MW;
Camocim, da Camocim Eirelli, com 100 turbinas da Halliade-X, com potência total de 1.200 MW;
Dragão do Mar, da Qair Marine Brasil, que contará com 128 turbinas MHI Vestas 174, com potência total de 1.216 MW;
Alpha, da Alpha Wind Morro Branco, com 400 turbinas V236-15.0, com potência total de 6 mil MW;
Costa Nordeste Offshore, com 256 turbinas também do modelo V236-15.0, com potência total de 3.840 MW;
Asa Branca 1, da Eólica Brasil, com 72 aerogeradores Vestas 236, com potência total de 1.080 MW;
Sopros do Ceará, da Totalenergies Petróleo & Gás Brasil, que terá 200 turbinas V236-15.0, com potência total de 3 mil MW;
Projeto Pecém, da Shell Brasil Petróleo, com 215 aerogeradores modelo SG-14-222 DD, com potência total de 3.010 MW;
H2GPCEA, da H2 Green Power Ltda, com 200 turbinas SG-14-236 DD, com potência total instalada de 3 mil MW;
Projeto Colibri, da Equinor Brasil Energia, que terá 134 turbinas de modelo ainda não definido, com potência total de 2.010 MW;
Projeto Ibitucatu, também da Equinor Brasil Energia, com 134 aerogeradores de modelo não definido, com potência total também de 2.010 MW;
Asa Branca 2, da Eólica Brasil, com 72 aerogeradores modelo Vestas V236, com potência total de 1.080 MW;
Ventos dos Bandeirantes, de Kaanda R. M. Cunha, com 229 aerogeradores da Haliade-X, com potência total de 2.748 MW;
Asa Branca 3, da Eólica Brasil, com 288 aerogeradores Vestas V236, com potência de 4.320 MW;
Asa Branca 4, da Eólica Brasil, com 288 turbinas do mesmo modelo V236, com potência total também de 4.320 MW;
Araras Geração Eólica Offshore, da Shinzen Energia do Brasil, com 200 aerogeradores V236-15.0 MW, com potência total de 3 mil MW;
Tatajuba Geração Eólica Offshore, da mesma Shinsen Energia do Brasil, com iguais 200 aerogeradores V236-15.0 MW, com potência total de 3 mil MW;
Ventos de São Francisco, da Monex Geração de Energia S/A, com 197 aerogeradores de modelo não definido, com potência total de 2.955 MW;
Itapipoca, da Energia Itapipoca Ltda, com 60 aerogeradores do modelo GE Haliade-X, com potência total de 720 MW; e
Mar de Minas, da Cemig Geração e Transmissão S/A, com 100 turbinas de modelo ainda não definido, com potência total de 1.500 MW.