Grupo Mateus pensa em comprar rede cearense de supermercados
A informação circula nos meios empresariais de São Luís (MA), onde o grupo tem sede. "Onde há fumaça, há fogo", disse um atacadista cearense sobre o assunto. O Grupo Mateus é um dos mais capitalizados do país.
Atenção! Circula no meio empresarial de São Luís, a bela e hospitaleira capital do Maranhão, a informação de que o Grupo Mateus, uma das maiores redes brasileiras de supermercados e a maior do Norte e do Nordeste, com sede naquela cidade, está tentando comprar uma rede genuinamente cearense do mesmo setor varejista.
Dinheiro não é problema, nem será.
O Grupo Mateus fez, no dia 16 de outubro passado, seu IPO (lançamento inicial de ações) que arrecadou R$ 4,6 bilhões.
O que fazer com essa montanha bilionária? Uma das alternativas é comprar ativos dos concorrentes.
E é no Ceará, mais precisamente em Fortaleza, que eles existem, confortavelmente posicionados no mercado. Há, aqui, ativos muito atraentes e financeiramente sadios.
O Grupo Mateus, que deseja entrar no varejo cearense, enfrenta um problema: a rebelião dos varejistas e atacadistas locais, que são contra o pleito dos maranhenses, que pretendem obter incentivos fiscais até hoje nunca concedidos aos comerciantes do Ceará.
Com ações negociadas na B3, o Grupo Mateus só pode pronunciar-se pormeio de Fato Relevante,
Sobre o assunto que circula em São Luís, este colunista conversou ontem com um empresário varejista da área de alimentos.
Ele revelou que tem ouvido falar sobre essa hipótese, mas, pelo menos até ontem, desconhecia o interesse do Grupo Mateus por esta ou aquela empresa supermercadista cearense.
Outro empresário, este do setor atacadista, reduziu a curiosidade da coluna a uma frase, que é muito mais um ditado popular:
“Onde há fumaça, há fogo”, foi o que ele disse.
PAGUE MENOS
Deusmar Queirós falou ontem, por vídeo conferência, para associados do Lide-Cará, em debate coordenado pela sua presidente Emília Buarque.
Como sempre, pelo seu jeito sincero de dizer as coisas, sem ligar para as reações do mercado (sua empresa tem ações negociadas na bolsa) atraiu a atenção de todos, principalmente dos jornalistas.
Durante a tempestade de informações que ele despejou em cerca de duas horas de fala, Deusmar Queirós revelou:
Hoje, seu grupo de empresas tem sócio estrangeiro (o fundo norte-americano General Atlantic) que detém 17% do seu capital;
Tem ações negociadas na Bolsa B3, cujo IPO, no ano passado, foi um sucesso;
Tem eficiente governança corporativa;
Concluiu, com pleno êxito, o processo sucessório (hoje, são os seus quatro filhos que administram a companhia com o apoio de executivos recrutados no mercado);
E já se reestrutura para “encarar os desafios da pós pandemia”, focando na Telemedicina, como ressaltou.
Ele fez outras revelações inéditas e interessantes.
Por exemplo:
A Pague Menos é sócia do que ele chamou de “uma grande transportadora nacional, com mais de 600 carretas”;
E comprou 100% da Biomátika, grande empresa farmacêutica cearense com sede em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, fabricante de vasta linha de cosméticos.
Tem mais: Deusmar Queirós disse que, “se fosse hoje, eu seria preso por promover trabalho infantil”, lembrando do tempo em que seus filhos, “aos 12-13 anos, trabalhavam nas nossas farmácias carregando caixas de medicamentos”.
Depois, eles foram para os EUA, onde fizeram MBA, preparando-se para ser o que são hoje – os dirigentes da empresa.
“Mas eles estão aí por mérito. Todos são ‘experts’ em suas respectivas áreas de atuação”, explicou o pai, que ainda deu um conselho a quem tem empresa familiar:
“Botem os meninos bem cedo para estudar e trabalhar”.
UNIMED
Quando Darival Bringel, então presidente da Unimed, decidiu construir, em 1992, o Hospital Regional da maior cooperativa de médicos do Ceará, dona de um dos melhores planos de saúde do Estado, foi chamado de louco.
À medida que as obras do HRU avançavam, também crescia o número dos que duvidavam da saúde mental de Bringel.
Nesta semana, o HRU foi incluído entre os melhores hospitais do mundo, emocionando o seu idealizador.
Hoje, a Unimed Fortaleza, sob as rédeas do jovem médico Elias Leite, outro craque na gestão empresarial, celebra mais essa conquista. Vale a pergunta: o que seria, agora, dos segurados da Unimed Fortaleza, se não existisse o seu Hospital Regional?
ENERGIA SOLAR
Pede espaço a Sudene para informar e esclarecer informação transmitida a esta coluna por sua assessoria de imprensa, e ontem aqui divulgada, a respeito do projeto de geração de energia solar que a Lightsource Geração de Energia implantará no Ceará.
Serão construídos, realmente, cinco parques de geração solar em Milagres na região do Cariri, no Sul do Ceará.
Mas o investimento total não será de R$ 141 milhões. Este é o valor a ser investido em cada parque.
Assim, o total do investimento da Lightsource será de R$ 725 milhões.
FUNDOS
Informa o Ministério do Desenvolvimento Regional: R$ 43,7 bilhões foram concedidos em financiamento a empreendedores do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste em 2020 por meio dos Fundos Constitucionais das três regiões (FNO, FNE e FCO).
Os recursos são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e concedidos pelos bancos do Nordeste (BNB), da Amazônia (Basa) e do Brasil(BB).
A região que movimentou mais recursos foi o Nordeste, com R$ 25,8 bilhões em contratações, seguida pelo Norte, com R$ 10,48 bilhões, e pelo Centro-Oeste, com R$ 7,5 bilhões.
CIMENTO
Informa o Sindicato Nacional da Indústria de cimento: no mês de fevereiro passado, as vendas do setor cresceram 14% em comparação com o mesmo mês de 2020.
Causa: como não houve carnaval, aumentou o número de dias úteis, que foram aproveitados pela indústria cimenteira.
SUBMARINO
Mais um cabo submarino, o décimo quarto, chegou ontem à Praia do Futuro, em Fortaleza, que já é um dos maiores entroncamentos de telecomunicação do mundo.
Quem o instalou foi a empresa Ella Link, que o trouxe desde a cidade de Sines, ao Sul de Lisboa, em Portugal.
VACINAÇÃO
Leitor assíduo desta coluna, agora exclusivamente digital, Paulo César Queiroz, sugere que as grandes redes de farmácias – como já acontece nos EUA – se tornem parceiras do governo e abra suas lojas para serem locais de vacinação contra a Covid-19.
Boa sugestão. Há um problema: faltam vacinas para tanta loja e para tantos necessitados.
ENERGIA SOLAR
Menos de um ano depois de haver alcançado, em junho de 2020, a marca de 3 GW e, em novembro, a de 4 GW, o Brasil chegou agora ao patamar de GW de potência instalada de geração de energia solar fotovoltaica.
Acompanhando esse incremento, avança também o número de centrais geradoras de energia fotovoltaica de geração distribuída (GD), que já ultrapassa os 400 mil.
Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuídas (ABGD), o Brasil poderá tornar-se neste ano um dos três maiores mercados mundiais de GD.
A previsão é de que, em 2021, mesmo sob a pandemia, a GD gerará mais de 150 mil empregos, arrecadar mais de R$ 4 bilhões em impostos e trazer para o país por volta de R$ 15 bilhões em investimentos diretos.
CONFAZ
Reunido ontem por vídeo conferência, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que congrega os secretários da fazenda dos 27 estados e o Distrito Federal, decidiu prorrogar até 31 e dezembro de 2025 o Convênio 100/1997.
Foram mantidas inalteradas as alíquotas do ICMS incidentes sobre a comercialização de produtos agropecuários.
Mas os fertilizantes serão taxados de forma gradual, começando em 1% até chegar aos 4% no fim de 2025.
O Convênio 100 reduz em até 60% o ICMS cobrado da venda interestadual de insumos agropecuários, considerados essenciais para a produção de alimento e matérias-primas.
O Ceará, representada pela secretária Fernanda Pacobahyba, votou a favor a prorrogação, cumprindo, assim, o que havia dito ontem por uma rede social e publicado hoje por esta coluna.