Grandes usinas solares já produzem 12 GW de energia

A região Nordeste mantém a liderança com 59,95% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 38,85%

Legenda: A geração de energia solar fotovoltaica cresce em alta velocidade no Brasil
Foto: Divulgação / Qair Brasil

O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 12 gigawatts (GW) de potência operacional nas grandes usinas solares, de acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). 

Segundo a entidade, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 54 bilhões em novos investimentos e mais de 365 mil empregos verdes acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 19 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados brasileiros. Em termos de potência instalada, a região Nordeste mantém a liderança com 59,95% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 38,85%; pelo Sul, com 0,27%; pelo Norte, com 0,33%; e pelo Centro-Oeste (mais o Distrito Federal), com 0,36%.
 
O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressalta que, além de ser uma fonte competitiva e limpa, a maior inserção da energia solar em grandes usinas é fundamental para o País reforçar a sua economia e impulsionar o processo de transição energética. 

“A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos. O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo País”, diz Sauaia.
 
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o processo de descarbonização das economias. 

“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, afirma Koloszua, acrescentando:
 
“De acordo com estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V. Para tanto, o País deverá receber cerca de R$ 1 trilhão em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos e armazenagem.”

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