Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, este ano de 2023, prestes a findar-se, “foi, do ponto de vista interno, bom para tornar mais forte e unido o produtor rural cearense, muito bom para a relação institucional do setor da agropecuária com o governo do estado e com os organismos federais ligados ao setor e excelente para a consolidação da marca Faec nos dois principais eventos do agro – o Pecnordeste (Seminário Nordeste de Pecuária) e o Eproce (Encontro de Produtores Rurais do Ceará)”.
Com menos de dois anos à frente da Faec – que serão completados em janeiro de 2024 – Amílcar Silveira e sua diretoria tiraram a entidade do ostracismo e a transformaram numa potente caixa de ressonância das reivindicações de quem trabalha e produz nas diferentes áreas do agro, que envolvem, entre outras, a carcinicultura, a floricultura, a apicultura, a avicultura, a suinocultura e a pecuária leiteira e de corte.
Politicamente, a Faec assumiu posição crítica diante dos governos federal e estadual, em consequência do que – ou seja, do respeito que alcançou – seu presidente Amílcar Silveira mantém hoje cordial relação institucional e pessoal com o governador Elmano de Freitas e com os seus principais auxiliares.
Na última Pecnordeste, por exemplo, o governador esteve pessoalmente em companhia de quase todo o seu secretariado, fez um discurso no qual prometeu medidas de apoio ao agro, algumas das quais já implementadas e outras ainda no terreno da promessa, e foi elogiado pelo anfitrião.
Mais forte e mais cordial é a relação da Faec com a Federação das Indústrias (Fiec), cujo presidente Ricardo Cavalcante esteve presente a dois dos três Eproces realizados em Morada Nova e Quixeramobim. Cavalcante levou consigo os ex-presidentes da Fiec Beto Studart e Fernando Cirino – outro vice da entidade, Jorge Parente, que tem estreito vínculo com Amílcar Silveira, compareceu aos três Eproces, o último dos quais realizado na cidade de Tauá.
Amílcar Silveira não esconde sua alegria com o grande sucesso do Pecnordeste, que neste 2023 bateu todos os recordes de público e de expositores. O próximo, já marcado para junho de 2024, “será ainda maior”, promete ele, adiantando que todo o espaço do Pavilhão Leste do Centro de Eventos do Ceará também será ocupado pela Pecnordeste, que ampliará a área destinada à carcinicultura e à presença da Mulher do Agro, que terá uma programação paralela.
O presidente da Faec faz questão, ainda, de ressaltar “o brilhante trabalho do capítulo cearense do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), cujo superintendente Sérgio Oliveira deu dinâmica nova ao órgão. Suas atividades cresceram 40% no Ceará.
O Senar-Ceará, o que mais cresceu no Brasil em 2023, promoveu neste ano 665 eventos do Curso de Formação Profissional Rural (FPR), número 49,7% superior ao registrado em 2022. Foram treinados 8.748 produtores rurais de todas as idades, 61,4% a mais do que no ano anterior. O número de municípios atendidos pelo Senar-Ceará passou de 48, em 2022, para 62, em 2023, uma alta de 29,1%.
A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-Ceará atendeu 7.170 produtores em 2023, ou seja, 31,2% a mais em relação aos atendimentos realizados em 2022. Por sua vez, o Programa Saúde do Homem e da Mulher realizou 3.330 atendimentos, o que representou um aumento de 101,6% em comparação com os de 2022.
O programa Agrinho teve a participação de escolas de 44 municípios, dois a mais do que em 2022, além de 4.011 professores, uma alta de 136,4% em relação ao ano passado, e de 66.763 alunos, crescimento de 81,1%.
E o Projeto Valores Humanos (PVH) chegou aos municípios de Ubajara, Viçosa do Ceará, Russas e Quixadá. A ação teve a participação de 49 professores de 4 escolas, atendendo a 379 alunos.
“Em 2024, a Faec ampliará suas ações na área social e, também, na da economia. Para isso, contaremos, como contamos neste ano, com a colaboração das prefeituras municipais, do governo do Estado e da alta direção da Confederação Nacional da Agricultura e do Senar nacional. Estamos otimistas diante do Ano Novo, mas temos o pé no chão da cautela, tendo em vista a perspectiva de mais uma seca, conforme já antecipou a ciência”, conclui Amílcar Silveira.