Principal produto de exportação do Brasil, a soja ganhará, a partir deste ano de 2024, um forte concorrente: o petróleo. De acordo com a Agência Estado, as vendas de óleo da Petrobras para o exterior – leia-se Ásia e, principalmente, China – deverão superar a casa dos US$ 43 bilhões. E poderão tirar da soja a liderança da balança comercial brasileira.
Estimativas de especialistas da Câmara de Comércio Exterior indicam que o petróleo seguirá sendo protagonista na área energética, mesmo sendo, reconhecidamente, uma fonte de poluição pela emissão dos gases de efeito estufa que aquecem o planeta.
No caso da Petrobras, esse protagonismo será ainda mais acentuado, uma vez que a estatal brasileira se mantém em curva ascendente. E aqui está a prova: só neste ano de 2024, a empresa presidida pelo engenheiro Jean Paul Prates investirá quase US$ 2 bilhões na exploração de petróleo na chamada Faixa Equatorial, que se estende desde Roraima até o vizinho estado do Rio Grande do Norte.
Essa excelente perspectiva que se abre para a Petrobras já causa especulações, a última das quais aponta para a possibilidade de o PIB brasileiro crescer 3% ao longo deste ano, ou seja, o dobro do que está previsto hoje pelo último Boletim Focus, do Banco Central, cuja nova versão será divulgada nesta segunda-feira, logo mais às 8h30.
Outra especulação é a de que a Petrobras lidera um lobby que tenta atrasar o início da implantação dos projetos de produção do Hidrogênio Verde no país. Uma leitura superficial do que, pela internet, publicam as redes sociais, dá a certeza de que esse lobby existe e dele fazem parte, também, empresas do setor de energias renováveis que atuam na geração de energia eólica onshore (em terra firme).
A Petrobras já começou a medir a intensidade dos ventos na Faixa Equatorial visando à construção de parques eólicos offshore (no mar), mas esta informação “é parte da ação lobista”, como está escrito em um grupo social.
Resumo: o petróleo da Petrobras volta à cena em grande estilo.