Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 'Quem é o maior no Reino dos Céus?' Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: 'Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.
Reflexão – Da criança é o Reino!
Neste Evangelho Jesus nos conscientiza de que no reino dos céus não existe maior ou menor, todos somos os pequeninos a quem o Pai atrai e sustenta com o Seu Amor. Podemos, então, tirar a conclusão de que existe uma grande diferença dos reinos da terra, pois, quem é grande no céu é pequeno no mundo. A mentalidade evangélica é totalmente contrária ao modo de pensar do mundo. No mundo, o mais e o maior sempre prevalecem. No reino do céu o maior tem sentido de menor, isto é, quem quer ser grande no reino de Deus terá que ser pequeno que nem uma criancinha aqui na terra. Em diversas ocasiões Jesus usou a figura da criança para identificar as pessoas que têm acesso ao reino dos céus. Ser como as crianças, é ser simples e dócil para assumir encargos e, ao mesmo tempo, ser capaz de entregar-se, de abandonar-se para ser dependente de Deus. É ser também, verdadeiro (a), transparente e saber comunicar as emoções com naturalidade e sem fingimento. Diante disso não podemos pensar que ser criancinha é ser, tolo, infantil, imaturo (a) e turbulento (a), sem coerência. Existe, pois, uma grande diferença entre ser infantil e ser como a criança. A pessoa infantilizada recusa-se a assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações e sempre deseja receber o prêmio. Ser infantil exige pouco esforço, porém, o ser como criança exige de nós muito mais coragem porque, embora sejamos homens e mulheres maduros (as), necessitamos nos abrir às emoções como elas o fazem. O homem que se converte, torna-se como criança aos olhos do Pai, pois, para Deus, somos como filhos pequenos e amados, dependentes do Seu amor. Quem não confia na proteção do Senhor por meio dos seus anjos não pode ser considerado pequenino, portanto, não entrará no reino dos céus. – Você já experimentou ser como uma criança? - Será que você está perdendo tempo querendo ser grande e deixando passar a graça de viver aqui o reino de Deus? – Você se sente dependente de Deus, abandonado (a) em Suas mãos? - Você é autossuficiente? – Em quem você confia?
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária UM NOVO CAMINHO