Um escritório de advocacia com sede em Fortaleza, no bairro da Aldeota, que se dedica, também, à recuperação de créditos de antigos planos econômicos – como o Bresser, o Cruzado, o Verão – tentou ludibriar uma quase octogenária aposentada, a quem prometeu a terra e o Céu, também.
Um dos advogados desse escritório garantiu à anciã que ela poderia receber o valor, devidamente corrigido, que o plano econômico lhe havia tomado. Feito o acordo e celebrado o contrato em 2014, o tempo passou.
Quatro anos depois, em 2018, a Justiça reconheceu o direito da cliente e mandou que se lhe fosse devolvido o valor relativo às suas perdas, com a respectiva correção monetária.
Mas, em vez de a aposentada receber o provento, foi o escritório de advocacia que se apropriou dele há cinco anos.
Ao tomar conhecimento da fraude, a vítima recorreu de novo à Justiça, e o juiz que julgou o caso determinou que o escritório de advogados devolvesse a ela todo o valor que lhe pertence.
Pressionado, o escritório de advocacia depositou ontem, terça-feira, 27, na conta bancária da aposentada não o valor que o magistrado determinara, mas apenas 75% dele, apropriando-se dos 25% restantes.
O escritório de advocacia passou cinco anos usufruindo do dinheiro que pertence à sua desavisada cliente. Isto é crime, e a OAB-Ceará deve cuidar da questão, tomando as providências jurídicas que o caso requer.
Esta coluna, ao divulgar este caso, solidariza-se com as muitas pessoas, a maioria de origem humilde com frágil situação social e financeira, que estão hoje envolvidas com advogados como os desse escritório.
Esta coluna tem em mãos as provas desta denúncia.