Engenheiro cearense diz: não haverá crise energética

Dizer que faltará energia no Brasil é boicotar o desenvolvimento do país, pois causa perda de confiança dos investidores. Leia mais: 1) Senai-Ceará apresenta projeto para a Amazônia; 2) Cearenses pressionam Conab por soja e milho; 3) Petrobras faz doação ao Ceará

Pelos cálculos que fez ontem, o engenheiro e empresário cearense Fernando Ximenes, dono da Gram Eollic, especializada em energia, assegura: não haverá crise energética neste ano, no Brasil. 

Navegando contra a corrente do próprio Ministério de Minas e Energia, que toma providências para evitar um racionamento, Ximenes explica:

“Hoje, segundo o SIN – Sistema Interligado Nacional de energia elétrica – o Brasil tem 171,11 GW de energia nominal instalada em operação, ou seja, 5,55% a mais do que tinha em 2019. As previsões de projetos em instalação indicam que o Brasil estar[a, em 2025, com 183,66 GW nominal em operação, o que equive a um incremento na matriz energética nacional de mais 7,33%, o que garantirá, com folga, o abastecimento energético nacional.”

O engenheiro Fernando Ximenes prossegue:

“Portanto, até 2025, o Brasil estará garantido energeticamente. Essa conversa de que vai faltar energia no Brasil é irresponsável e é, ainda, um boicote ao desenvolvimento do país, pois pode causar a perda de confiança dos investidores, com reflexo na Bolsa e no câmbio”.

A propósito: Fernando Ximenes revela que, neste momento, o Subsistema Nordeste está bem.

“A barragem de Sobradinho, que sozinha responde por 58,23% do subsistema, represa 62,07% de sua capacidade total de 34 bilhões de m³, quase o dobro do que represava em 2019; Itaparica (6,62% do subsistema) tem 56,13% de sua capacidade; e Três Marias (31,03% do subsistema) armazena 65,19%, também quase o dobro do que tinha em 2019.”

UM DEBATE SOBRE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA

Paulo André Holanda, diretor regional do Senai-Ceará, participa hoje às 19 horas de debate virtual sobre o “Junho Laranja”, campanha de conscientização para a segurança no trabalho do setor elétrico.

Empregando hoje 500 mil trabalhadores em todo o país, o setor elétrico registrou, no ano passado, 764 mortes em acidentes de origem elétrica. Boa parte desses acidentes poderiam ter sido evitados, se medidas simples tivessem sido adotadas, como, por exemplo, boas práticas e métodos de segurança e o uso correto dos equipamentos de proteção.

Holanda, que é engenheiro, falará sobre “procedimentos de linha viva” durante o debate, que é promovido pela B&Q Energia, empresa cearense em infraestrutura de linhas de transmissão e redes de distribuição.

Para acompanhar o debate, basta acessar o canal da B&Q Energia no YouTube (beqenergia).

BRASIL PASSA DOS 9 GW DE SOLAR FOTOVOLTAICA

Em mensagem a esta coluna nesta segunda-feira, 7, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) informa que o Brasil ultrapassou a marca histórica de 9 GW (gigawatts) de potência operacional da fonte solar em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos.
 
De acordo com a Absolar, desde 2012, a fonte solar de geração de energia elétrica já trouxe mais de R$ 46 bilhões em novos investimentos ao País e gerou mais de 270 mil empregos acumulados.

O avanço da energia solar no País, incluindo leilões para grandes usinas e a geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para reduzir o chamado “custo Brasil”, com uma energia elétrica mais competitiva aos brasileiros, reduzindo a ocorrência das bandeiras vermelhas na conta de luz da população e diversificando o suprimento de energia elétrica.
 
No segmento de geração centralizada, o Brasil já tem 3,3 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,9% da matriz elétrica do País.
 
CEARENSES VISITAM O SENAR EM BRASÍLIA 

Ontem, em Brasília, José Amilcar Silveira, presidente do Encontro de Produtores Rurais do Ceará (Eproce), reuniu-se com o diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), organismo da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) responsável pela assistência aos agricultores, principalmente aos das regiões menos desenvolvidas, como o Nordeste e o Norte.

Com Silveira, estiveram Edson Brok, que produz banana na Chapada do Apodi com a marca Pura Vida, e Luiz Roberto Barcelos, sócio e diretor de relações institucionais da Agrícola Famosa, maior produtora de melão do país e ex-presidente da Abrafrutas. 

O Eproce e sua liderança aproximam-se da CNA e do Senar nacional com o objetivo de fortalecer a agricultura cearense, com foco preferencial nos pequenos produtores. 

PETROBRAS DOA MICRO USINA AO CEARÁ

Uma boa iniciativa tomou a Petrobras, que doou ao Hospital e Casa de Saúde de Russas, aqui no Ceará, uma micro usina de produção de oxigênio que será usada no atendimento de pessoas acometidas pela Covid-19.

O equipamento tem capacidade para produzir 25 m²  p or hora, volume suficiente para o atendimento de 100 leitos, sendo 21 de UTI.

A Petrobras investiu R$ 10 milhões na compra de 12 micro usinas de oxigênio que estão sendo entregues a hospitais de estados onde a empresa estatal tem unidades de operação.

Foi a Secretaria de Saúde do Ceará que indicou o Hospital e Casa de Saúde de Russas para receber a micro usina de oxigênio no Ceará, que entrará em operação dentro de 40 dias.

O CEARÁ PRESSIONA A CONAB

Avicultores e pecuaristas estão apelando à bancada federal cearense no Congresso Nacional no sentido de que pressione a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para que, além do milho, inclua também a soja na sua lista de grãos para o Estado do Ceará.

O argumento é de que, no segundo semestre que se aproxima, se a Conab não intervier, faltará alimento para a avicultura e para a pecuária leiteira do Ceará.

O consultor e agrônomo Zuza de Oliveira adverte que, se não houver milho e soja para alimentar o rebanho bovino leiteiro, os pecuaristas, a partir de agosto, começarão a vender suas matrizes. Mas isso será evitado, se a Coab garantir a oferta de milho e soja aos criadores cearenses.

SÃO FRANCISCO E O RAMAL DO SALGADO

Por falar em agropecuária do Ceará: os líderes do setor não escondem sua preocupação com a demora do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) de colocar em licitação as obras de construção do Ramal do Salgado, o último trecho do Projeto São Francisco de Integração de Bacias.

O Ramal do Apodi, a partir de cujo Km 30 derivará o do Salgado, já foi licitado e suas obras começarão proximamente. 
O Ramal do Apodi reduzirá em mais de 150 quilômetros a viagem das águas do São Francisco até o Castanhão.
 
Um fruticultor disse à coluna que “será excelente” se o ministro Rogério Marinho, titular do MDR, licitar mesmo o Ramal do Salgado no segundo semestre, como ele prometeu na Fiec há quatro meses.

Mas o MDR tem problemas de restrições orçamentárias, o que pode impedir essa licitação durante este exercício de 2021.

ASSAÍ INVESTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS

Com 15 lojas no Ceará, a rede Assaí Atacadista informa que, no ano passado, destinou para a reciclagem duas mil toneladas de resíduos, “contribuindo para a preservação da natureza”, como diz a empresa em mensagem a esta coluna.

Para reforçar seu compromisso com a sustentabilidade, a rede Assaí anunciou, recentemente, a migração de 100% do seu parque de lojas para o mercado livre de energia, o que acontecerá até o próximo mês de dezembro.

A empresa está a investir em uma matriz 100% renovável, proveniente das fontes eólica, solar, biomassa e pequenas hidrelétricas. 

Até o último mês de maio, foram migradas nove de suas unidades no Ceará.

SENAI-CEARÁ MOSTRA PROJETO PARA AMAZÔNIA

Já implementado com êxito na África, um projeto de oferta de energia elétrica, desenvolvido pelo Senai-Ceará, poderá ser implantado em algumas áreas da Amazônia com o apoio do Ministério de Minas e Energia (MME).

Ontem, em reunião virtual, o diretor regional do Senai, Paulo André Holanda, reuniu-se com o chefe da Assessoria Especial de Gestão Estratégica do MME, Ney Zanella, ouvindo deste a informação de que a intenção do ministério é levar esse projeto às regiões ribeirinhas e aldeias indígenas, em parceria com o projeto “Mais Luz para a Amazônia”, implementado pelo ministério.

Participaram da reunião os professores Ciswal Santos e Samuel Torres, da equipe do Senai-Ceará e autores do projeto.
O presidente da empresa Norte Energias, presidida por Flávio Decato, que também participou da reunião, ficou positivamente impressionado com o projeto, que, na sua opinião, tem visão social.

CR7 INVESTE EM TRANSPLANTE CAPILAR

Cristiano Ronaldo, o craque da Seleção portuguesa de futebol, tornou-se sócio da Insparya, uma clínica especializada em transplante capilar com sede em Lisboa, onde tinha, até agora, o nome de Saúde Viável.

A chegada de R7 à Insparya permitirá à empresa sua expansão para a Espanha e a Itália.

Cristiano Ronaldo participará, com sua seleção, de mais uma Eurocopa, da qual é a atual campeã.

UMA COPA  AMÉRICA POLITIZADA

Hoje, várias seleções sulamericanas de futebol entram em campo, em diferentes cidades do continente, para mais uma rodada de jogos válida pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.

Há um protocolo sanitário que se cumpre antes, durante e depois de cada  jogo, tendo em vista a pandemia da Covid-19, que no Brasil já matou mais de 470 mil pessoas.

Na próxima semana, começará a Copa América, que, segundo a mídia, não pode ser realizada por causa da pandemia.

Ou seja, a Copa América é um perigo, mas as eliminatórias da Copa do Mundo, a Libertadores da América, a Copa Brasil e o Brasileirão séries A, B, C e D podem acontecer - e estão acontecendo - porque elas estão isentas do vírus.

É uma hipocrisia, também, mas o que há mesmo é a politização de um eveno ao qual, a pedido da Conmebol, o governo brasileiro deu apoio.

A Copa América terá um protocolo ainda mais rígido do que aquelas outras competições, mas isto não interessa, porque o que interessa mesmo é evitar que o torneio se realize. 

Misturam-se interesses políticos (do governo e da oposição), econômicos (dos patrocinadores) e midiáticos.

 

 



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