Assinada pelos presidentes da Federação das Indústrias (Fiec), Ricardo Cavalcante, e da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), Rodrigo Diógenes, uma Carta de Agradecimento será entregue amanhã, em Russas, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao seu ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que lançarão o Edital de Licitação para a escolha da empresa que executará as obras de construção do Ramal do Salgado, última etapa do Projeto São Francisco de Integração de Bacias.
Esta coluna lembra que, no dia 25 de julho do ano passado, o ministro Rogério Marinho recebeu dos presidentes das federações das Indústrias e da Agropecuária do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba uma proposta, tecnicamente elaborada pelos especialistas da Secretaria de Recursos Hídricos cearense, sugerindo a construção dos ramais do Apodi (já licitado e com obras sendo iniciadas) e do Salgado, últimas etapas para a definitiva conclusão do Projeto São Francisco de Integração de Bacias.
O primeiro ramal beneficiará o Oeste do Rio Grande do Norte, onde a fruticultura e outras atividades agrícolas se desenvolvem e se ampliam no ritmo do frevo, gerando dezenas de milhares de empregos; o segundo reduzirá em 150 quilômetros a viagem das águas do São Francisco até o açude Castanhão, no Ceará.
O Ramal do Salgado representará investimento de R$ 600 milhões, a preços de hoje, e, como o do Apodi, levará dois anos para estar pronto, se não houver atraso na liberação das verbas.
A carta das seis entidades e a Exposição de Motivos da SRH do Ceará foram entregues ao ministro Rogério Marinho em São Luís do Maranhão, onde ele se encontrava, pelos empresários Raimundo Delfino, que planta algodão na Chapada do Apodi; Luís Roberto Barcelos, sócio e diretor institucional da Agrícola Famosa; e João Teixeira, produtor de banana no Apodi e presidente da União dos Produtores de Frutas do Jaguaribe (Univale).
Carlos Prado, primeiro vice-presidente da Fiec e fundador da Itaueira Agropecuária e da Cemag (Ceará Máquinas Agrícolas), recorda que tudo surgiu durante uma reunião de empresários da agropecuária, realizada em maio do ano passado.
“Tratamos do assunto, acionamos a SRH e, em menos de uma semana, os estudos técnicos ficaram prontos. Daí até a entrega da proposta ao ministro Rogério Marinho foi tudo muito rápido, porque todos estávamos decididos a apontar a melhor solução para os problemas, o que foi também entendido pelo ministro”, explicou Carlos Prado.