Um grande empresário cearense, de categoria cinco estrelas, viu exagero em quem acusa a taxa básica de juros Selic, há sete meses mantida em 13,75% ao ano, como responsável pela dificuldade por que passa a economia brasileira.
Na sua opinião, se o Copom, em sua reunião de quarta-feira, 22, tivesse reduzido a Selic de 13,75% para 13,50%, não teria causado qualquer alteração no mercado financeiro.
“A redução seria tão pequena, que o empreendedor continuaria tomando dinheiro emprestado com as mesmas taxas de juros do dia anterior. Para que promova a queda real e imediata das taxas de juros no mercado, a redução da Selic terá de ser de, no mínimo, 2%”, explicou o empresário.
Capitalizado, ou seja, “sem precisar de bancos, até pelo contrário, os bancos é que me pedem emprestado”, esse empresário discordou do prognóstico do presidente do Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Ceará, o também empresário Carlos Rubens Alencar, na opinião de quem a economia brasileira entrará em recessão no segundo semestre, por culpa do Banco Central, que mantém os juros elevados.
“A economia do país é forte e dispõe de instrumentos de defesa que afastam a hipótese recessiva”, argumenta ele.