Em 5 dias, Fiec dá salto de qualidade na indústria cearense

Novos Centros de Excelência em Tecnologia, com modernos laboratórios e equipamentos, que custaram mais de R$ 50 milhões em investimento, põem o setor industrial do Ceará em no mais alto padrão no Brasil

Legenda: Vista de uma parte do Centro de Excelência da Cadeia Têxtil que a Fiec instalou na unidade do Sesi em Parangaba
Foto: Fiec/Senai / Divulgação

No melhor estilo Juscelino Kubitschek – “50 anos em 5” – o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, entregou, nos últimos cinco dias, um conjunto valioso de equipamentos tecnológicos que levam o setor industrial cearense ao nível do que de melhor existe no país e no exterior.

Ele já havia criado o Observatório da Indústria, uma plataforma digital que, em tempo real e ao alcance de um clique, fornece bilhões de informações atualizadas sobre a economia cearense, nordestina, brasileira e mundial. Grandes empresas nacionais e estrangeiras, como a australiana Fortescue e as brasileiras Casa dos Ventos, M. Dias Branco e Grupo Edson Queiroz, já se socorreram do Observatório da Indústria para orientar novos investimentos.

Na semana passada, este colunista testemunhou um fato da mais alta relevância para a indústria do Ceará: a inauguração do Centro de Excelência para a Transição Energética, uma, digamos assim, universidade voltada para a transmissão do conhecimento das mais modernas tecnologias do mundo desenvolvidas para as áreas das energias renováveis – eólica e solar fotovoltaica – e para o combustível do Século XXI, o hidrogênio verde.
 
Instalado no Núcleo Educacional e Recreativo do Sesi na Barra do Ceará, esse Centro de Excelência impressiona não só pela simples arquitetura do prédio que o abriga, mas, principalmente, pelo que há em suas amplas e confortáveis salas de aula. E o que há nelas são os mesmos equipamentos que existem em unidades desse tipo na Europa. 

Quem quiser saber como se processa a eletrólise – que separa as moléculas do hidrogênio e do oxigênio, surgindo daí o Hidrogênio Verde, verde porque produzido com energia renovável – é só visitar esse equipamento, para cuja instalação colaboraram grandes corporações internacionais.

Na mesma semana, a Fiec inaugurou – depois de dois anos de trabalho e R$ 30 milhões de investimentos – o Centro Tecnológico para a Cadeia Têxtil (CTCT), que, entre outros equipamentos, dispõe de um laboratório de avançada tecnologia, cujos técnicos analisam amostras do algodão produzido na Chapada do Apodi e na região do Cariri, de cujos primeiros exames emergiu a notícia de que se trata de um produto da mais alta qualidade, comparada à do similar egípcio, considerado o melhor do mundo. As análises prosseguem.

Na sexta-feira passada, Ricardo Cavalcante, bem à moda JK, inaugurou a Escola de Referência Sesi-Senai Roberto Macedo. O grande destaque desse empreendimento, no qual a Fiec investiu R$ 25 milhões, é a inovação, resumida na opinião do primeiro vice-presidente da Fiec, Carlos Prado: 

“Estamos dando adeus às salas de aula convencionais. Cursos bilíngues desde o ensino básico. Aulas de robótica. Ciências naturais de forma interativa. Muito bem equipada, em condições de ir preparando a infância e a juventude para o futuro”, disse ele à coluna com o entusiasmo de quem, aos 82 anos, está vendo acontecer uma autêntica revolução na área da educação voltada para a formação profissional.

Há mais! Hoje, às 8h30, Ricardo Cavalcante inaugurará o Instituto Senai de Tecnologia Ariosto Holanda, outro Centro de Excelência que a Fiec instalou e agora põe à disposição das empresas industriais do Ceará. 

O equipamento ganhou o nome do ex-deputado federal e ex-secretário de Ciência e Tecnologia Ariosto Holanda, a quem o governo do Ceará e sua indústria muito devem, pois tudo o que o estado tem hoje em C&T é devido ao seu abnegado trabalho.

O Sesi e o Senai Ceará estão hoje na vanguarda da educação tecnológica, e isto é produto da atual gestão da Fiec, que decidiu voltar-se para a base da indústria. Suas escolas, em Fortaleza e no interior do estado, foram remodeladas não apenas em sua estrutura física, mas no conteúdo curricular, com a apropriação de novos métodos pedagógicos de que fazem parte a Tecnologia da Informação e, claro, o computador. 
 
Paulo André Holanda, superintendente do Sesi e diretor regional do Senai, resume o que se passa hoje na Fiec:

“Aqui, há uma nova indústria e um novo industriário prontos para encarar os desafios do futuro que já chegou.”

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