No princípio, e não faz muito tempo, era só uma start-up do Ceará cujos jovens donos apenas sonhavam com um futuro promissor. Pois o futuro chegou.
A Delfos, fundada pelos sócios cearenses Samuel Lima e Guilherme Studart, cresceu tanto em tão pouco tempo, que sexta-feira, 19, ganhou uma injeção de 6,3 milhões de euros e uma reportagem na revista Forbes.
Lima e Studart, que moravam em Fortaleza, onde a Delfos tinha sua sede, mudaram-se com ela para Barcelona (Espanha), de onde, agora tonificados por essa injeção financeira, estenderão sua atuação para toda a Europa.
O que fez a Delfos para merecer tamanha atenção? Seus dois sócios criaram um aplicativo para empresas de energias renováveis por meio do qual um engenheiro virtual – com apoio da Inteligência Artificial (IA) e big data – permite a automação da performance, o fluxo de trabalho e a garantia da fiabilidade (confiança) dos sistemas, como informa a matéria da Forbes.
Apostaram na Delfos a VC Contrarian Ventures e Headline com a participação da DOMO.VC e a EDP Ventures, que aplicaram nela o chamado “venture capital” (capital de risco).
Ainda de acordo com a Forbes, a Delfos e seu aplicativo – batizado de SaaS – monitoram o equivalente a 10 GW de energias renováveis. Esse app é capaz, além de melhorar a eficiência da operação, reduzir em 30% os custos de substituição de componentes, otimizando a geração de energia em até 5%.
A reportagem da Forbes publica uma opinião de Guilherme Studart, citado como executivo-chefe da Delfos. Ei-la:
“Se quisermos permitir uma transição energética totalmente verde, as energias renováveis no centro da nossa futura cadeia de fornecimento de energia devem ser tão eficientes e confiáveis quanto possível.”