Ceará mostra na Cop27 avanços contra a pré-desertificação na Caatinga

Representante cearense, economista Célio Fernando, secretário Executivo da Casa Civil, falou para representantes de vários países e disse que 117 municípios enfrentam problemas com desertificação

Legenda: O secretário Célio Fernando fala na Cop 27 ao lado da representante da Austrália
Foto: Divulgação

Secretário Executivo da Casa Civil do Governo do Ceará, o economista Célio Fernando de Melo participou ontem na Cop 27, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que se realiza no balneário egípcio de Sharm el-Sheik, na reunião de avaliação da Under 2 Coalition. Um dos pontos destacados por ele é o processo de desertificação do bioma caatinga, que ocupa grande parte da geografia cearense.

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A participação foi  na reunião fechada do Secretariado da Under2 Coalition, que, em parceria com a Boomblerg Philanthropies e a Climate Works Foundation, que juntou representantes de governos estaduais brasileiros com outros de vários países das diferentes regiões do mundo. 

Célio Fernando disse, em mensagem transmitida nesta terça-feira a esta coluna, os avanços que o governo do Ceará já obteve e vem obtendo nas zonas impactadas pelo que chamou de “pré-desertificação”. 

Ele salientou que, no Ceará, salvo maior atualização, já são 117 municípios afetados dentro do Bioma da Caatinga. 

“O último dado dava conta de que as áreas de pré-desertificação no Estado somavam 14,2% do território cearense.  Combate a incêndios e ampliação das áreas de preservação tem sido o caminho trabalhado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema)”, disse Célio Fernando.

Os objetivos da discussão de ontem foram: 1) Informar os governos estaduais e regionais sobre as maneiras pelas quais eles podem envolver-se com os processos da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês)  tanto por conta própria quanto por meio do Secretariado; 2) Apresentar exemplos de engajamento significativo por parte de governos estaduais e regionais selecionados; 3) Discutir diferentes realidades dentro das regiões e delegações de diferentes partidos; e 4) Obter uma opinião/posição dos governos da Coalizão Under2 com relação ao envolvimento com os processos da UNFCCC no futuro.