Ontem foi mais um dia em que a Bolsa de Valores brasileira B3 se aproximou dos 120 mil pontos, o que só não aconteceu porque foi muito baixa a movimentação do pregão – apenas R$ 17 bilhões, e a causa foi o feriado nos Estados, onde as bolsas de Nova Iorque não operaram.
Desde novembro de 2022 a Bolsa B3 não alcança os 120 mil pontos.
A Bolsa brasileira fechou em alta de 0,93%, aos 119.857 pontos. E o dólar, por sua vez, caiu bem, fechando o dia cotado a R$ 4,77, com uma queda de quase 1%, mais precisamente 0,92%.
Colaboraram para a alta de ontem as boas notícias sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que começa hoje e terminará amanhã. Dá-se como certo que o Copom manterá a taxa de juros Selic no patamar de 13,75%, mas sinalizará, no comunicado que sempre é divulgado ao final de cada reunião, que iniciará, na reunião do próximo mês de agosto, um ciclo de redução dessa taxa.
Ontem, o Boletim Focus do Banco Central já trouxe a previsão dos economistas, segundo a qual a taxa Selic fechará este ano de 2023 na casa dos 12,25%, ou seja, menor do que a anteriormente prevista de 12,50%. Isto animou os investidores no pregão de ontem da Bolsa B3.
Outra informação animadora que trouxe o Boletim Focus foi a de que os economistas estão prevendo que o IPCA, índice oficial da inflação brasileira, fechará este exercício na casa dos 5,12%, bem mais baixa do que os 5,42% previstos na semana passada.
E mais uma notícia que incentivou a performance de ontem da bolsa foi a previsão para o PIB de 2023. Segundo o Boletim Focus, o Produto Interno Bruto brasileiro fechará o ano com alta de 2,14, mais do que a previsão da semana anterior, que era de 1,84%.
Com relação ao dólar, outra boa notícia surgiu ontem com a divulgação de um relatório do banco Goldman Sachs, para cujos economistas a moeda norte-americana deverá fechar este ano cotada a R$ 4,40.
Mas é bom advertir que todo esse cenário positivo pode mudar, se o Congresso Nacional fizer alterações que modifiquem os objetivos do arcabouço fiscal, que pode ser votado nesta semana pelo Senado. Se houver modificações, o texto da proposta voltará para a Câmara dos Deputados, que poderá anulá-las.
Também poderá mudar o cenário positivo da economia a proposta de Reforma Tributária, que ainda não começou a ser debatida na Câmara dos Deputados. Essa proposta ainda causa fortes discussões nas áreas da indústria, da agropecuária e dos serviços.