Bolsa cai de novo, mas Petrobras cresce incentivada por bancos
Mercado aguarda pronunciamento do presidente do Federal Reserve, hoje. Grandes bancos nacionais e estrangeiros recomendam compra de ações da estatal brasileira do petróleo
Voltou a cair a Bolsa de Valores brasileira B3. Ela fechou ontem, quinta-feira, 24, em queda de 0,94%, aos 117.025 pontos, acompanhando o movimento de baixa das bolsas norte-americanas.
O dólar, por seu turno, subiu 0,51%, encerrando o dia cotado a R$ 4,88, ou seja, R$ 0,44 a mais do que no dia anterior.
A causa de mais uma queda da bolsa brasileira, a 14ª neste mês de agosto, foi a expectativa em torno do discurso que fará hoje pela manhã o presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powel, que deverá emitir algum sinal sobre o futuro dos juros da economia norte-americana.
Os economistas estão divididos: alguns dizem que o FED, que se reunirá em setembro, manterá a atual taxa de juros, enquanto outros apostam em que haverá um novo aumento de 0,25%.
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Ontem, foi anunciado que o Banco Itaú vendeu por R$ 250 milhões sua unidade na Argentina, cujas ações foram adquiridas pelo Banco Macro, com sede em Buenos Aires.
No mercado financeiro brasileiro, comenta-se que a operação do Itaú na Argentina causou uma perda de R$ 1,2 bilhão.
A Argentina está mergulhada numa gravíssima crise econômica e financeira, cuja solução não está à vista.
O vizinho país terá eleições presidenciais em outubro e quem lidera as pesquisas é o candidato ultradireitista Javier Milei, do partido Liberdade Avança.
Nos últimos dias, a população argentina rebelou-se e parte dela, principalmente a população mais pobre, está saqueando supermercados nas maiores cidades do país, agindo com violência, obrigando a reação da Polícia.
A inflação na Argentina está em 113% ao ano, e a tendência é de que suba mais.
Os grandes bancos nacionais e estrangeiros estão recomendando a compra de ações da Petrobras, cujo valor tem subido nos últimos pregões da Bolsa de Valores B3.
Havia um temor do mercado quanto à política de preços da empresa e, também, quanto à de distribuição de dividendos. Há 10 dias, a Petrobras aumentou substancialmente o preço da gasolina e do óleo diesel, o que teve boa repercussão junto aos investidores.
Antes, a estatal já havia estabelecido uma nova política de distribuição de dividendos, que também agradou ao mercado, e isto levou os bancos a recomendarem a compra de suas ações.
Os analistas estão dizendo que os temores que o mercado tinha sobre a gestão petista na Petrobras vêm sendo reduzidos.
O Banco UBS BB disse em relatório aos seus clientes que a Petrobras de hoje é bem diferente da de 2014. O banco elevou de neutro para compra sua recomendação em relação à Petrobras, considerando o que chama de boa governança da empresa.
