Auxílio Emergencial no Ceará custou R$ 15 bilhões em 2020

Ao longo do ano passado, o benefício concedido pelo Governo Federal atendeu a 3,7 milhões de cearenses, segundo informa o secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior.

Durante três dos quatro trimestres do ano passado, contados desde abril, quando – por causa da pandemia da Covid-19, o governo da União tomou as rápidas e magnânimas medidas de socorro aos estados e municípios e de ajuda a mais de 60 milhões de brasileiros que estavam nas ruas, desassistidos, ou que perderam seu emprego pela interdição de boa parte das atividades econômicas – uma multidão de cearenses recebeu, mensalmente, o Auxílio Emergencial criado pela equipe do ministério da Economia e aprovado pelo Congresso Nacional. 

Ao longo dos nove meses de vida desse benefício, 3,7 milhões de cearenses receberam uma montanha de dinheiro do tamanho de R$ 15 bilhões, segundo disse a este colunista o secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior. 

Foi uma ajuda e tanto, que, neste 2021 de pandemia persistente, não será repetida com a mesma prodigalidade de 2020, por uma simples razão: não há dinheiro. 

Para que se paguem – em março, abril, maio e junho — os R$ 250 que serão o valor mensal do novo Auxílio, o ministro Paulo Guedes exige uma contrapartida: ou um novo e provisório imposto (sobre as transações financeiras digitais), ou o corte de despesas em todos os ministérios. 

Tudo para respeitar o teto do gasto público e, também, para não elevar o tamanho da dívida, que hoje equivale a 90% do PIB.

SEM BONDE

Diante do recrudescimento da pandemia da Covid-19 no Ceará, onde crescem os números de casos e de óbitos, e já diante da possibilidade de severa queda de sua receita tributária, o governo do Estado já estuda um plano B, do qual faz parte, por exemplo, o adiamento de alguns projetos de mobilidade urbana. 

Um deles é o do bonde elétrico de Fortaleza, que ligará (ou ligaria) a Avenida Beira Mar à Catedral da Sé. 

Ao custo de R$ 115 milhões, a implantação desse bondinho pode ficar para quando a pandemia passar, ou seja, para quando estiverem funcionando a pleno bares, restaurantes, festas de casamento, shows musicais, espetáculos circenses, desfile de moda, teatros, boates, barracas de praia, isto é, para quando todas as atividades econômicas tiverem sido retomadas e quando a receita tributária estadual tiver voltado à normalidade.

ENERGIA SOLAR

Já passou de meio milhão o número de unidades consumidoras de energia com geração distribuída solar fotovoltaica. 

Desde 2012, a geração distribuída a partir da fonte solar já representa mais de 4,6 GW (gigawatts) de potência instalada operacional, sendo responsável por R$ 23 bilhões em novos investimentos no País, agregando mais de 140 mil empregos espalhados pelas diferentes regiões. 

As residências respondem por 73,6% do consumo; o comércio e os serviços vêm em seguida, com 16,6%, e depois os estabelecimentos rurais, com 7%, e indústrias, com 2,4%. 

Fonte: Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar)
 
COSMÉTICOS

Em tempos de pandemia, a empresa cearense Vogue Cosméticos, localizada em Eusébio e pilotada por Gustavo Braz, está produzindo, com a marca Protect Álcool, sachês de álcool gel 70%. 

O produto já está à venda em farmácias e supermercados, mas vem sendo também adquirido por organismos públicos da área de saúde. 

Sua distribuição é feita pela Disgel Distribuidora, de Maracanaú. 

TIRO NO PÉ

Há um consenso em torno do caso do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso terça-feira por ordem do ministro Alexandre Moraes, do STF, por haver, irresponsavelmente, gravado e divulgado vídeo pregando violência contra magistrados do Supremo e outras coisas. 

O deputado errou feio, inclusive no palavreado de baixo calão!

Mas o ministro Moraes também errou: ele pode ter dado um tiro no próprio pé do STF, pois sua decisão pode abrir um precedente que punirá a liberdade de expressão.

IDENTIFICAÇÃO

Tornaram-se parceiros o Senai-Ceará, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiec, que juntos implantarão o Serviço de Indicação Geográfica (IG) para produtos cearenses.

A parceria pretende estimular as empresas cearenses a buscarem a IG, fortalecendo e valorizando a cultural local e abrindo, também, a perspectiva para sua exportação.

Técnicos do Senai-Cará já trabalham na identificação de vários produtos, como crustáceos, móveis, queijos, flores, mel e frutas cuja qualidade pode lhes dar a Indicação Geográfica, com o que passarão a contar com mais respaldo no mercado.

O registro de Indicação Geográfica é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação e clima. 

O selo de indicação geográfica é uma garantia para o consumidor, pois comprova que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem.

BRISANET

Roberto Nogueira, CEO da cearense Brisanet, uma das melhores empresas brasileiras de Telecom, com forte atuação no Ceará e nos estados do Nordeste, participará no próximo dia 22 de um debate nacional sobre o leilão da frequência 5G no Brasil, marcado para o próximo mês de junho. 

O evento, por vídeo conferência, será promovido pelo Teletime e foi idealizado para pensar, debater e planejar políticas setoriais de telecomunicação neste ano pandêmico de 2021.

A Brisanet participará do leilão 5G, que será promovido pela Anatel.

MAIS VALIOSA

No mercado de roupas, a espanhola Zara perdeu a posição de empresa mais valiosa, segundo a Nikkei Asian Review.

Agora, a mais valiosa é a Uniqlo, controlada pela Fast Retailing, cujo valor de mercado é de US$ 103 bilhões.

Mais do a Zara, que vale US$ 99 bilhões.



Assuntos Relacionados